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UFS aponta tendência de aumento de casos e óbitos em bairros de Aracaju


Publicado em 17 de setembro de 2020
Por Jornal Do Dia


 

Embora o cenário da 
pandemia do novo 
coronavírus em Aracaju seja de queda das taxas de incidência, mortalidade e letalidade, oito bairros da capital estão com tendência de aumento nas estimativas de casos ou óbitos por causa da covid-19. É o que aponta o novo estudo epidemiológico divulgado ontem pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), no âmbito do projeto EpiSergipe. O artigo foi publicado na’JournalofTravel Medicine’, revista científica da Sociedade Internacional de Medicina de Viagem (ISTM), que tem fator de impacto 7,01.
Com base nos boletins epidemiológicos até o último dia 11 de setembro, o levantamento da UFS identificou a tendência de avanço da doença em bairros do município, a partir do início do período de reabertura das atividades econômicas. São eles: Santo Antônio, Porto Dantas e Industrial (Zona Norte); José Conrado de Araújo, América e Novo Paraíso (Zona Oeste); e Santa Maria e 17 de Março (Zona Sul).
"Até o final de julho, observamos uma inclinação das curvas, das linhas de incidência e mortalidade da doença na capital sergipana. Isso em todas as zonas urbanas. A partir daí, houve uma desaceleração do número de novos casos e de óbitos. De maneira geral, notamos uma estabilização da doença nas quatro zonas urbanas, mas com variações quando entramos nos bairros", explica o chefe do Laboratório de Patologia Investigativa e coordenador-adjunto do EpiSergipe, professor Paulo Martins Filho.
Ele afirma ainda que a tendência de aumento nas estimativas reforça outro estudo que relacionou as altas taxas de letalidade da covid-19 nas zonas Norte e Oeste à condição de vida da população em bairros mais pobres, a partir de fatores como educação, renda e moradia. "Esses resultados mostram que, com a reabertura da economia e a maior circulação de pessoas, especialmente em regiões mais vulneráveis do ponto de vista socioeconômico, observamos o aumento no número de casos e óbitos nesses bairros. Isso reforça a necessidade de manter o monitoramento intensivo e a testagem da população para efetivar o controle da doença no município," salientou o pesquisador.
A pandemia do novo coronavírus revela "desigualdades históricas e, neste cenário, as comunidades pobres mostraram recursos limitados de testes e taxas mais altas de fatalidade da covid-19 em comparação com as comunidades com melhores condições de vida. As pessoas pobres têm maior probabilidade de viver em casas lotadas e apresentam condições médicas subjacentes, incluindo hipertensão e diabetes que são considerados fatores de risco severo para a doença," complementou o professor.
EpiSergipe – A UFS firmou uma parceria com o Governo do Estado para o desenvolvimento de um projeto que visa acompanhar o grau de contaminação e os impactos do novo coronavírus em Sergipe. O investimento é de R$ 4,1 milhões, através de emenda parlamentar. Subdividido em três vertentes, o projeto terá duração de um ano e consiste em monitorar o nível de infecção por covid-19, identificando-se a prevalência em quinze municípios, estimar os impactos socioeconômicos da pandemia no estado e acompanhar os impactos sociais da pandemia em populações vulneráveis.
"Neste momento crítico de saúde pública, a UFS e, especialmente, o seu sistema de pós-graduação tem mostrado sua importância na geração de conhecimento científico, produção de insumos e na contribuição para o planejamento estratégico dos órgãos competentes no enfrentamento à Covid-19. São mais de 15 pesquisadores da UFS de várias áreas de conhecimento trabalhando intensamente nesse projeto integrando seus laboratórios de pesquisa, mais de 50 alunos de graduação e pós-graduação e diversos técnicos que colaboram com a realização dos exames, com um suporte fundamental da nossa reitoria, pró-reitorias e setor de jornalismo," finalizou Paulo Martins Filho. (Josafá Neto/ Rádio UFS )

Embora o cenário da  pandemia do novo  coronavírus em Aracaju seja de queda das taxas de incidência, mortalidade e letalidade, oito bairros da capital estão com tendência de aumento nas estimativas de casos ou óbitos por causa da covid-19. É o que aponta o novo estudo epidemiológico divulgado ontem pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), no âmbito do projeto EpiSergipe. O artigo foi publicado na’JournalofTravel Medicine’, revista científica da Sociedade Internacional de Medicina de Viagem (ISTM), que tem fator de impacto 7,01.
Com base nos boletins epidemiológicos até o último dia 11 de setembro, o levantamento da UFS identificou a tendência de avanço da doença em bairros do município, a partir do início do período de reabertura das atividades econômicas. São eles: Santo Antônio, Porto Dantas e Industrial (Zona Norte); José Conrado de Araújo, América e Novo Paraíso (Zona Oeste); e Santa Maria e 17 de Março (Zona Sul).
"Até o final de julho, observamos uma inclinação das curvas, das linhas de incidência e mortalidade da doença na capital sergipana. Isso em todas as zonas urbanas. A partir daí, houve uma desaceleração do número de novos casos e de óbitos. De maneira geral, notamos uma estabilização da doença nas quatro zonas urbanas, mas com variações quando entramos nos bairros", explica o chefe do Laboratório de Patologia Investigativa e coordenador-adjunto do EpiSergipe, professor Paulo Martins Filho.
Ele afirma ainda que a tendência de aumento nas estimativas reforça outro estudo que relacionou as altas taxas de letalidade da covid-19 nas zonas Norte e Oeste à condição de vida da população em bairros mais pobres, a partir de fatores como educação, renda e moradia. "Esses resultados mostram que, com a reabertura da economia e a maior circulação de pessoas, especialmente em regiões mais vulneráveis do ponto de vista socioeconômico, observamos o aumento no número de casos e óbitos nesses bairros. Isso reforça a necessidade de manter o monitoramento intensivo e a testagem da população para efetivar o controle da doença no município," salientou o pesquisador.
A pandemia do novo coronavírus revela "desigualdades históricas e, neste cenário, as comunidades pobres mostraram recursos limitados de testes e taxas mais altas de fatalidade da covid-19 em comparação com as comunidades com melhores condições de vida. As pessoas pobres têm maior probabilidade de viver em casas lotadas e apresentam condições médicas subjacentes, incluindo hipertensão e diabetes que são considerados fatores de risco severo para a doença," complementou o professor.

EpiSergipe – A UFS firmou uma parceria com o Governo do Estado para o desenvolvimento de um projeto que visa acompanhar o grau de contaminação e os impactos do novo coronavírus em Sergipe. O investimento é de R$ 4,1 milhões, através de emenda parlamentar. Subdividido em três vertentes, o projeto terá duração de um ano e consiste em monitorar o nível de infecção por covid-19, identificando-se a prevalência em quinze municípios, estimar os impactos socioeconômicos da pandemia no estado e acompanhar os impactos sociais da pandemia em populações vulneráveis.
"Neste momento crítico de saúde pública, a UFS e, especialmente, o seu sistema de pós-graduação tem mostrado sua importância na geração de conhecimento científico, produção de insumos e na contribuição para o planejamento estratégico dos órgãos competentes no enfrentamento à Covid-19. São mais de 15 pesquisadores da UFS de várias áreas de conhecimento trabalhando intensamente nesse projeto integrando seus laboratórios de pesquisa, mais de 50 alunos de graduação e pós-graduação e diversos técnicos que colaboram com a realização dos exames, com um suporte fundamental da nossa reitoria, pró-reitorias e setor de jornalismo," finalizou Paulo Martins Filho. (Josafá Neto/ Rádio UFS)

 

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