Sábado, 11 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

A revolta da vacina


Publicado em 20 de outubro de 2020
Por Jornal Do Dia


 

Pesquisadores do mundo inteiro estão empe-
nhados na descoberta de uma vacina para o 
coronavírus. Os testes avançam, alimentando a esperança de uma vida normal, livre dos efeitos perversos do Covid-19. Já a qualidade do debate público em território verde e amarelo só anda para trás.
O presidente Jair Bolsonaro e o governador João Doria, de São Paulo, não apenas adotam estratégias divergentes para combater o vírus e os seus efeitos na economia e na vida das pessoas, como também disputam os corações e mentes dos brasileiros, de olho em futuras disputas eleitorais. Resultado: muito bate boca, desinformação.
A querela mais recente diz respeito à obrigatoriedade da imunização. O governo de São Paulo defende que, uma vez aprovada pela Anvisa, a vacina seja aplicada em todos, convicções à parte. Para o presidente, tomar a vacina seria uma questão de foro íntimo. A discussão tem precedentes históricos que, mais uma vez, vão de encontro às convicções do presidente. O início do regime republicano no Brasil foi marcado por diversas revoltas populares. O clima de descontentamento, alimentado por algumas medidas impostas pelo governo, em prejuízo de grandes parcelas da população, desalojadas em função de um projeto de urbanização excludente, culminou na recusa violenta à campanha de vacinação de 1904, no Rio de Janeiro. Desconfiados dos agentes públicos, homens e mulheres não queriam saber de agulha. E partiram para as vias de fato.
Os fatos falam por si mesmos. A Secretaria de Comunicação do governo federal chegou a ponto de divulgar uma peça publicitária em que defendia o direito individual de cada brasileiro recusar a imunização. Agindo assim, a presidência nega a Ciência, como qualquer opinador de meia tigela, dá as costas para uma das maiores conquistas da civilização.

Pesquisadores do mundo inteiro estão empe- nhados na descoberta de uma vacina para o  coronavírus. Os testes avançam, alimentando a esperança de uma vida normal, livre dos efeitos perversos do Covid-19. Já a qualidade do debate público em território verde e amarelo só anda para trás.
O presidente Jair Bolsonaro e o governador João Doria, de São Paulo, não apenas adotam estratégias divergentes para combater o vírus e os seus efeitos na economia e na vida das pessoas, como também disputam os corações e mentes dos brasileiros, de olho em futuras disputas eleitorais. Resultado: muito bate boca, desinformação.
A querela mais recente diz respeito à obrigatoriedade da imunização. O governo de São Paulo defende que, uma vez aprovada pela Anvisa, a vacina seja aplicada em todos, convicções à parte. Para o presidente, tomar a vacina seria uma questão de foro íntimo. A discussão tem precedentes históricos que, mais uma vez, vão de encontro às convicções do presidente. O início do regime republicano no Brasil foi marcado por diversas revoltas populares. O clima de descontentamento, alimentado por algumas medidas impostas pelo governo, em prejuízo de grandes parcelas da população, desalojadas em função de um projeto de urbanização excludente, culminou na recusa violenta à campanha de vacinação de 1904, no Rio de Janeiro. Desconfiados dos agentes públicos, homens e mulheres não queriam saber de agulha. E partiram para as vias de fato.
Os fatos falam por si mesmos. A Secretaria de Comunicação do governo federal chegou a ponto de divulgar uma peça publicitária em que defendia o direito individual de cada brasileiro recusar a imunização. Agindo assim, a presidência nega a Ciência, como qualquer opinador de meia tigela, dá as costas para uma das maiores conquistas da civilização.

 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade