Mortes à toa
Publicado em 25 de outubro de 2020
Por Jornal Do Dia
Com a superação de restrições e todo tipo de comércio funcionando a plenos pulmões; com bares, teatros e até salas de cinema autorizadas a funcionar, aglomerações podem ser vistas a qualquer hora do dia e da noite. O risco implicado na socialização, no entanto, é ainda o mesmo.
O falso normal vigora. Não deveria. Os números da pandemia são ainda muito preocupantes. Centenas de brasileiros ainda morrem, vítimas do Covid-19, todos os dias. O número de óbitos registrados em território nacional já ultrapassou 150 mil casos.
Última sexta-feira, o Brasil registrou 571 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 155.459 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias foi de 526. O Brasil se mantém na estabilidade nos óbitos pelo 2º dia, após 8 dias de indicativo de queda nesse número. Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 5.300.649 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 25.832 desses confirmados no último dia.
O que valia no início da crise continua valendo. Isolamento social, no entanto, virou exceção à regra. Em Sergipe, por exemplo, a falta de fiscalização redunda em desrespeito às normas de segurança e já chegou a ponto de provocar o protesto dos consumidores. Foi o que ocorreu no Mercantil Rodrigues, zona norte de Aracaju. A consequência é previsível: muita gente ainda pode morrer a troco de nada, por coisa nenhuma, à toa.