Pais não levam filhos para vacinação

Ao menos 60% das crianças sergipanas ainda não foram vacinadas contra a poliomielite, também chamada de paralisia infantil. Os indicativos regionais, apresentados na tarde de ontem pelas secretarias municipal e estadual de saúde, refletem de forma direta ao cenário protagonizado em todo o país. Pelo Governo Federal, através do Ministério da Saúde, a informação é que, ao menos, sete milhões de brasileiros incluídos no público alvo permanecem sem ter recebido a dose que é gratuitamente aplicada em unidades básicas de saúde. Desde o início da Campanha Nacional de Vacinação, no dia 5 de outubro até a segunda-feira (26), apenas 35% das crianças (4 milhões) foram vacinadas contra a poliomielite. A campanha irá até a próxima sexta-feira (30). 
Ainda segundo o MS, a recomendação aos estados que não atingirem a meta é continuar com a vacinação de rotina, oferecida durante todo o ano nos mais de 40 mil postos de saúde distribuídos pelo país. A pasta Federal enaltece que a campanha nacional ocorre junto com a campanha de multivacinação, que visa atualizar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Nesta última são ofertadas todas as vacinas do calendário nacional de vacinação. A poliomielite trata-se de uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção. 
Na tentativa de aumentar os índices, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informou que 12 unidades básicas de saúde estão com os atendimentos estendidos, das 8h às 18h30. As unidades integradas nessa programação estão: UBS Hugo Gurgel, UBS Augusto Franco, UBS Francisco Fonseca, UBS Fernando Sampaio, UBS Dona Jovem, UBS Max Carvalho, UBS Santa Terezinha, UBS Antônio Alves, UBS Manoel de Souza, UBS Joaldo Barboza, UBS Cândida Alves e UBS José Calumby. A SMS destacou que outras 28 UBS estão com as salas de vacinação funcionando de forma rotineira, das 8h às 16h30. Por conta da pandemia, quatro unidades restringiram o atendimento para casos de síndromes gripais e, nelas, a sala de vacina está fechada. 
São as UBS: Geraldo Magela, Ministro Costa Cavalcante, José Conrado e Onésimo Pinto. Conforme enaltecido pela coordenadora do Programa de Imunização da SMS, Ilziney Simões, apesar do horário ampliado, é preciso que as pessoas evitem se direcionar até às unidades próximo ao fim de expediente. "Ressalto que as pessoas não cheguem no horário de fechamento da sala de vacina porque é o momento em que a equipe finaliza as ações de vacinação, para que no dia seguinte ela possa retomar as atividades. Oriento que as pessoas procurem chegar até uma hora antes do fechamento dessas salas para garantir o atendimento. Nossa equipe pede a colaboração dos usuários, para que apenas uma pessoa seja acompanhante da criança ou adolescente, para evitar aglomerações nas unidades e dificultar o acesso", disse. 
A coordenadora completa afirmando: "também pedimos a adoção das medidas de precaução como o uso de máscaras e o distanciamento de uma pessoa para outra".