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Em defesa do SUS
Publicado em 29 de outubro de 2020
Por Jornal Do Dia
A reação foi grande e obrigou o presidente Jair
Bolsonaro a revogar um decreto que, na práti-
ca, tinha como objetivo privatizar o Sistema Único de Saúde. As intenções do governo de turno, no entanto, ficaram expostas à luz do dia. A sanha privatista da dupla Bolsonaro e Guedes não respeita nem a Constituição.
Apesar do recuo, Bolsonaro defendeu o decreto. Segundo ele, o objetivo era concluir as obras de 4 mil Unidades Básicas de Saúde, em parceria com a iniciativa privada, sob o pretexto da falta de recursos. Mas a desculpa não convenceu ninguém.
Em verdade, o decreto pecava por muito vago. Em apenas dois artigos, previa a elaboração de estudos "de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de unidades básicas de saúde". Os estudos fariam parte do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), o projeto de concessões e privatizações do governo.
Há muito em jogo nessa história. Felizmente, os brasileiros estão atentos. Entre todos os efeitos perversos da pandemia ainda em curso, resta ao menos um dado positivo. Quando o sistema privado de saúde beirou o colapso, percebeu-se a olhos nus, por assim dizer, a importância fundamental do Sistema Único de Saúde, gerido por estados e municípios. Uma rede que, no limite, alcança até 200 milhões de cidadãos.
A reação foi grande e obrigou o presidente Jair Bolsonaro a revogar um decreto que, na práti- ca, tinha como objetivo privatizar o Sistema Único de Saúde. As intenções do governo de turno, no entanto, ficaram expostas à luz do dia. A sanha privatista da dupla Bolsonaro e Guedes não respeita nem a Constituição.
Apesar do recuo, Bolsonaro defendeu o decreto. Segundo ele, o objetivo era concluir as obras de 4 mil Unidades Básicas de Saúde, em parceria com a iniciativa privada, sob o pretexto da falta de recursos. Mas a desculpa não convenceu ninguém.
Em verdade, o decreto pecava por muito vago. Em apenas dois artigos, previa a elaboração de estudos "de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de unidades básicas de saúde". Os estudos fariam parte do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), o projeto de concessões e privatizações do governo.
Há muito em jogo nessa história. Felizmente, os brasileiros estão atentos. Entre todos os efeitos perversos da pandemia ainda em curso, resta ao menos um dado positivo. Quando o sistema privado de saúde beirou o colapso, percebeu-se a olhos nus, por assim dizer, a importância fundamental do Sistema Único de Saúde, gerido por estados e municípios. Uma rede que, no limite, alcança até 200 milhões de cidadãos.
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