Recuperação é lenta

O mercado de trabalho brasileiro ensaia retoma- da, com a criação de novos postos de trabalho.  Mas a recuperação ainda é lenta, está muito aquém das exigência de 14 milhões de desempregados. A continuar nesse ritmo, o país não tem previsão para deixar o fundo do poço. A situação é grave e, tudo indica, vai permanecer assim por muito tempo.
Aos números: Em setembro, foram criadas 313.564 vagas de emprego com carteira assinada em setembro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério da Economia. É o terceiro mês seguido de saldo positivo. Em agosto, foram criados 244 mil postos de trabalho.
Os números de setembro são resultado de 1.379.509 contratações e 1.065.945 demissões. Em Sergipe, foram admitidos no período 8.659 pessoas e demitidas 5.148, com saldo positivo de 3.511 postos de trabalho. Com isso, o total de empregos com carteira no Brasil chegou a 38.251.026, o que representa aumento de 0,83% em relação a agosto. Na comparação com janeiro (38.923.831), porém, o total de empregos caiu 1,73%. 
A tendência parece animadora, mas é preciso examinar os dados com cuidado. Em 2020, o balanço ainda é negativo: nos nove primeiros meses do ano, foram perdidos 558.597 empregos, em meio à crise causada pela pandemia de coronavírus. Além disso, convém lembrar que a crise precede ao estragos causados pela covid-19.