Falta bom senso

Em matéria de saúde pública, o mais sensato é  seguir as recomendações dos emissários da Ci ência. Infelizmente, não é esse o comportamento adotado pelo Governo de Sergipe. A autorização para a realização das festas de fim de ano, com pouquíssimas restrições, vai de encontro a tudo quanto é considerado aceitável pelos profissionais na linha de frente do combate ao coronavírus.
A crítica das entidades classistas é realizada de público. No início desta semana, enfermeiros foram à Assembleia Legislativa de Sergipe a fim de alertar o governo sobre o perigo de a pandemia fugir ao controle das autoridades.
Além de sublinhar a importância de manter o isolamento social em um contexto de aumento dos casos confirmados, os enfermeiros também cobraram providências no sentido de garantir a imunização dos sergipanos, por meio de vacina. Neste particular, entretanto, o governo Belivaldo Chagas lavou as mãos, permanece a reboque do negligente governo federal.
Falta bom senso. O plano de retomada da atividade comercial de Belivaldo talvez tenha sido adotado muito precocemente, mas ao menos atendia às urgências da economia, que reverberam sempre de modo inclemente sobre os mais pobres e vulneráveis. As festas de fim de ano em bares e restaurantes, ao contrário, não vão remediar as perdas acumuladas ao longo do ano. E têm o potencial de  sobrecarregar a rede pública de saúde até o colapso. Depois não adianta chorar as vidas perdidas, o leite derramado.