População reclama do novo reajuste de combustíveis

Desde a madrugada  de ontem, consu midores em todo o estado de Sergipe têm se deparado com aumento do litro de gasolina e óleo diesel revendido por centenas de postos de combustíveis. O novo reajuste ocorre depois que o Governo Federal, por intermédio direto da Petrobras, decidiu impulsionar o acréscimo nas refinarias. Com isso, o preço médio da gasolina para as distribuidoras sobe R$ 0,09 por litro e passa a ser de R$ 1,84 por litro; já o diesel, vai subir R$ 0,08 por litro e ficará em R$ 2,02 por litro. Em porcentagem, a gasolina fica 5% mais cara, e, o diesel, 4%. Pode parecer pouco, mas no acumulado do ano a Petrobras reajustou os preços da gasolina 41 vezes, e do diesel outras 32 vezes. 
A última alteração ocorreu no dia 16 de dezembro, quando o preço da gasolina subiu 3% e o diesel teve alta de 4%. Apesar desse acúmulo histórico de reajustes, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), lamenta a atual tabela de preços e alega que está defasada, necessitando haver aplicação de novas atualizações já a partir da primeira quinzena de janeiro. Em contraponto, os consumidores lamentam que a política administrativa da estatal brasileira não permita que milhões de proprietários de automóveis paguem cada vez menos impostos sobre o preço final dos combustíveis. No início da tarde de ontem, o peço médio da gasolina alcançava a casa dos R$ 4,57. 
 "Um presente atrás do outro; veja que final de ano nada feliz para as pessoas que têm carro ou moto. Ontem [segunda-feira (28)] os deputados decidiram em maioria aprovar o projeto de lei do Governo do Estado que reajusta em 100% algumas taxas de serviços prestados pelo Detran 9Departamento de Trânsito do Estado de Sergipe); hoje é a vez de o Governo Federal aumentar os custos para as refinarias, que logo de imediato também já passam para a gente consumidor", protestou o taxista Jorge Luiz, que realizar o serviço entre as cidades de Aracaju e Barra dos Coqueiros. De acordo com a Petrobras, os valores praticados têm como referência os preços de paridade de importação. 
Desta maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. Por meio de nota oficial apresentada na manhã de ontem, a empresa publicou que é: "importante ressaltar que o preço do diesel e da gasolina vendidos na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias pela Petrobras. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis". A empresa não descartou a possibilidade de aplicar novos reajustes logo no início de 2021.