Polícia ouve suspeito deatropelar motociclista no Centro

A Polícia Civil confirmou ontem que a Delegacia Especial de Delitos de Trânsito (DEDT) identificou oautor do atropelamento do estudante de DireitoMarcus Aurélio do Amor Divino Lisboa, 28 anos. O caso ocorreu no cruzamento entre as ruas Lagarto e Divina Pastora, centro da capital, no dia 12 de dezembro de 2020. O condutor da caminhonete que atingiu a vítima é Gladson dos Santos Costa, que se apresentou e prestou depoimento à DEDT nesta segunda-feira. 
Segundo a polícia, o motorista saiu do local sem prestar socorro e foi identificado pelas investigações da DEDT.De acordo com a delegada Daniela Lima, elas começaram logo após o acidente fatal e contou com a análise de elementos que ficaram no local do crime. "A partir da identificação do modelo específico de caminhonete utilizado no momento do acidente, a partir de fragmentos, como o para-choque, que ficaram no local, foi feita a identificação específica do modelo e das possíveis placas", destacou.
Entre as provas levantadas estão imagens de câmeras de segurança que mostram a caminhonete saindo de uma casa noturna na região dos Mercados centrais, no centro, e saindo em direção à outra parte do centro. O veículo seguiu pela Lagartoe passou pelo cruzamento com aDivina Pastora, onde atingiu a moto em cheio. Marcus Aurélio acabou atirado contra a parede de uma loja, por causa da força do impacto. Ele teve fraturas expostas nos braços e em uma das pernas, além de provável hemorragia interna, e morreu horas depois, no Hospital de Urgência João Alves Filho (Huse). 
Com os elementos colhidos pela perícia no local do acidente, chegou-se ao motorista da caminhonete. "Foi feito um levantamento de dados e filtragem que chegou a pessoa de Gladson. A primeira abordagem foi feita no dia 29 de dezembro. Ele inicialmente negou a própria identidade. Mas, depois, se apresentou à delegacia, acompanhado de advogados", citou a delegada.
Ao ser interrogado novamente, nesta segunda-feira, Gladson foi confrontado com as provas da polícia e, aí, admitiu o atropelamento."Ele prestou depoimento e negou que era o autor do acidente, alegou que não tinha recordação do fato, pois se encontrava sob o uso de medicações psiquiátricas. Nesta segunda-feira ele reconheceu ser o autor do acidente, narrou a dinâmica de movimentação no dia da colisão fatal e disse estar acompanhado", detalhou Daniela, segundo a qual o suspeito também alegou que só não parou para socorrer o rapaz porque ficou extremamente nervoso e com medo da reação das pessoas.