Segunda, 20 De Janeiro De 2025
       
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Sergipe tem a quarta gasolina mais cara do Nordeste


Publicado em 22 de janeiro de 2021
Por Jornal Do Dia


PESQUISA FOI DIVULGADA PELO CONSELHO DE SECRETÁRIOS DA FAZENDA

 

Milton Alves Júnior
No ranking que envol-
ve o preço da gasolina 
no Nordeste brasileiro, dos nove estados territoriais, o estado de Sergipe aparece na quarta posição, ao repassar para o consumidor o litro do combustível por R$ 4,66. Valor considerado abusivo por proprietários de automóveis, mas que, conforme antecipado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), esse preço deve sofrer novos reajustes até este final de semana. O acréscimo ocorre em virtude de na última terça-feira, 19, as refinarias terem sido impactadas com um aumento real de 8%. Sobre o primeiro aumento registrado este ano, a direção do Sindicato dos Postos de Combustíveis acredita que todos os 300 estabelecimentos cadastrados em Sergipe devem estar com as tabelas reajustadas em até 30 dias. 
Na cotação regional, o Confaz revelou que o estado de Alagoas protagoniza a liderança, com o valor de R$ 4,91; em seguida surge o estado do Rio Grande do Norte, com R$ 4,88; Piauí, R$ 4,71; Sergipe; seguido pelo estado do Maranhão, com R$ 4,63; Ceará, R$ 4,60; Pernambuco, R$ 4,60; Paraíba, R$ 4,51; e finalizada com o estado da Bahia, R$ 4,40. O fato curioso nesse levantamento é que a menor unidade federativa do país encontra-se entre os estados nordestinos com o menor, e o maior valor repassado aos consumidores. Para Luís Moura, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse acréscimo reflete na queda das vendas registradas entre os meses de abril e setembro do ano passado. 
 "Com o fechamento do balanço anual, referente a todo o período de 2020, foi possível observar que em todos os 75 municípios sergipanos houve uma queda significativa na compra e venda de combustíveis como gasolina e etanol. A mais adquirida, a gasolina, por exemplo, registrou uma queda de 7,9%, enquanto o consumo do etanol foi ainda maior, de 19%. Isso naturalmente ocorreu em virtude da gradual redução dos deslocamentos para o trabalho, ambientes estudantis e demais demandas diárias", avaliou. Em termos percentuais, o reajuste mais recente repassado para as refinarias, e, provavelmente, aos milhões de cidadãos consumidores, foi de R$ 0,15. A perspectiva é que o aumento ocorra conforme os estoques sejam renovados nas bombas. 
 "Isso deve ocorrer não de forma pontual e simultânea em todos os postos de combustíveis. Aqueles que haviam mais em seus reservatórios, tendem a repassar o reajuste mais tardiamente se comparado aos estabelecimentos que possuíam menos. Esse repasse já é visto em alguns postos, mas provavelmente se torne uma realidade geral e indesejada pelos consumidores até o final da próxima semana", completou Luís Moura. Nas ruas o nível de insatisfação já é predominante entre os consumidores e moradores da região metropolitana de Aracaju. Motorista de aplicativo, Maurício dos Santos lamenta o novo aumento, e defende a necessidade de mobilizações públicas a fim de pressionar o governo federal a reduzir as tarifas repassadas às refinarias. 
 "A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, não é mesmo? É inadmissível que vivamos em um país símbolo e rico na exploração do petróleo, e mesmo assim pague quase R$ 5 pelo litro da gasolina. Isso é inadmissível e precisamos nos mobilizar para pressionar e protestar contra esse governo fascista que aí está. Não quero entrar no assunto político para não politizar, apenas sou um defensor de alguma medida emergencial para estabilizar e declinar esses aumentos nos combustíveis", declarou.

Milton Alves Júnior

No ranking que envol- ve o preço da gasolina  no Nordeste brasileiro, dos nove estados territoriais, o estado de Sergipe aparece na quarta posição, ao repassar para o consumidor o litro do combustível por R$ 4,66. Valor considerado abusivo por proprietários de automóveis, mas que, conforme antecipado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), esse preço deve sofrer novos reajustes até este final de semana. O acréscimo ocorre em virtude de na última terça-feira, 19, as refinarias terem sido impactadas com um aumento real de 8%. Sobre o primeiro aumento registrado este ano, a direção do Sindicato dos Postos de Combustíveis acredita que todos os 300 estabelecimentos cadastrados em Sergipe devem estar com as tabelas reajustadas em até 30 dias. 
Na cotação regional, o Confaz revelou que o estado de Alagoas protagoniza a liderança, com o valor de R$ 4,91; em seguida surge o estado do Rio Grande do Norte, com R$ 4,88; Piauí, R$ 4,71; Sergipe; seguido pelo estado do Maranhão, com R$ 4,63; Ceará, R$ 4,60; Pernambuco, R$ 4,60; Paraíba, R$ 4,51; e finalizada com o estado da Bahia, R$ 4,40. O fato curioso nesse levantamento é que a menor unidade federativa do país encontra-se entre os estados nordestinos com o menor, e o maior valor repassado aos consumidores. Para Luís Moura, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse acréscimo reflete na queda das vendas registradas entre os meses de abril e setembro do ano passado. 
 "Com o fechamento do balanço anual, referente a todo o período de 2020, foi possível observar que em todos os 75 municípios sergipanos houve uma queda significativa na compra e venda de combustíveis como gasolina e etanol. A mais adquirida, a gasolina, por exemplo, registrou uma queda de 7,9%, enquanto o consumo do etanol foi ainda maior, de 19%. Isso naturalmente ocorreu em virtude da gradual redução dos deslocamentos para o trabalho, ambientes estudantis e demais demandas diárias", avaliou. Em termos percentuais, o reajuste mais recente repassado para as refinarias, e, provavelmente, aos milhões de cidadãos consumidores, foi de R$ 0,15. A perspectiva é que o aumento ocorra conforme os estoques sejam renovados nas bombas. 
 "Isso deve ocorrer não de forma pontual e simultânea em todos os postos de combustíveis. Aqueles que haviam mais em seus reservatórios, tendem a repassar o reajuste mais tardiamente se comparado aos estabelecimentos que possuíam menos. Esse repasse já é visto em alguns postos, mas provavelmente se torne uma realidade geral e indesejada pelos consumidores até o final da próxima semana", completou Luís Moura. Nas ruas o nível de insatisfação já é predominante entre os consumidores e moradores da região metropolitana de Aracaju. Motorista de aplicativo, Maurício dos Santos lamenta o novo aumento, e defende a necessidade de mobilizações públicas a fim de pressionar o governo federal a reduzir as tarifas repassadas às refinarias. 
 "A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, não é mesmo? É inadmissível que vivamos em um país símbolo e rico na exploração do petróleo, e mesmo assim pague quase R$ 5 pelo litro da gasolina. Isso é inadmissível e precisamos nos mobilizar para pressionar e protestar contra esse governo fascista que aí está. Não quero entrar no assunto político para não politizar, apenas sou um defensor de alguma medida emergencial para estabilizar e declinar esses aumentos nos combustíveis", declarou.

 

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