Cinco bairros DE Aracaju sofreram alta no novo levantamento do LIRAa e 17 estão em médio risco
LIRAa: 60,4% dos bairros de Aracaju apresentam baixo risco de infestação de aedes
Publicado em 04 de fevereiro de 2021
Por Jornal Do Dia
O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2021, realizado entre 4 e 8 de janeiro, aponta que o índice de infestação geral de Aracaju passou de 0,9 (registrado em novembro), para 1,0. Dessa forma, a capital muda de faixa na classificação de risco, passando para médio risco para aparecimento de surtos ou de epidemias.
O LIRAa registra ainda que, dos 43 bairros de Aracaju, 26 bairros (60,4% da cidade) foram classificados em baixo risco, considerado satisfatório, e 17 bairros em médio risco (39,6%). Nenhum bairro da cidade foi classificado com alto risco de epidemia.
Cinco bairros sofreram alta no novo levantamento. São eles: 18 do Forte, que passou de 1,1 para 2,4; Cidade Nova, que antes apontava 2 e subiu para 2,4; Dom Luciano, que estava com índice de infestação zerado e aumentou para 2,1; São José, que antes registrava 2,0 e passou para 2,2; e o bairro Suíssa, que foi 1,4 para 2,0.
Entre os bairros que conseguiram zerar o índice de infestação está o Getúlio Vargas, Grageru, Jabotiana, Lamarão, Pereira Lobo e Ponto Novo. O Jardins, que antes registrava 2,0, também reduziu a zero o índice de infestação, sendo o bairro com o melhor resultado.
"Nesse período de verão, infelizmente, é comum encontrar esse aumento nos índices do LIRAa. Sobretudo, nos bairros da Zona Norte, na parte alta da cidade, muito proveniente da necessidade que as pessoas têm de acumular água. Já nos bairros da região Centro Sul, a característica muda e temos encontrados focos nos ralos, caixas de drenagem da água da chuva e nas calhas", descreve o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Jefferson Santana.
No que se refere às calhas dos imóveis, o gerente chama a atenção tanto para os residenciais, como os comerciais. "Locais como templos religiosos, supermercados e escolas, geralmente são maiores e possuem calhas muito grandes. A limpeza deve ser feita com cuidado, levando em conta toda a extensão da calha, para que a água não fique acumulada", ressalta.
Os imóveis continuam sendo os locais com maior número de focos do Aedes aegypti, principalmente reservatórios, a exemplo das lavanderias e caixas d’água, tendo o percentual de 76,3%. Comparando com o último levantamento de 2020, houve uma leve alta de 13,2%.
Ações contínuas – Mesmo diante da pandemia, os trabalhos para o combate do mosquito se adequaram à nova realidade e não pararam. Durante a semana, os agentes de combate às endemias seguem realizando os bloqueios de transmissão, fazendo busca dos casos notificados e com aplicação de fumacê costal. Além desse trabalho, aos sábados também seguem acontecendo os mutirões de combate ao Aedes, em parceria com a Empresa de Serviços Urbanos e a Secretaria de Meio Ambiente.