Manelito Menezes, da Samam, morre aos 56, com Covid

O comércio sergipano sofreu ontem com mais uma dura perda. Durante a madrugada, morreu o empresário Manoel Aguiar Menezes Neto, o "Manelito", 56 anos. Ele era o superintendente do Grupo Samam e foi vítima de complicações causadas pela Covid-19. De acordo com a família, Manelito estava internado no Hospital São Lucas desde de janeiro quando recebeu o resultado de contágio positivo para o novo coronavírus. O paciente apresentou melhora significativa e foi apontado como curado, mas precisou ser novamente internado em decorrência das complicações provocadas pela doença.
Além da superintendência do Grupo Samam, composto por 24 empresas dos ramos automotivo e agropecuário, Manelito também era mantenedor das Indústrias Taquari, uma das principais produtoras de álcool e açúcar do Estado, e que também compõe o grupo. O corpo foi enterrado por volta das 11h de ontem no Cemitério Santa Isabel, centro de Aracaju, após um rápido velório restrito a poucos familiares e amigos. O empresário era pai de duas filhas e neto de Manoel Aguiar Menezes, que fundou a Samam em 1928. 
O prefeito Edvaldo Nogueira decretou luto oficial de três dias em Aracajue destacou a importância do empresário para o desenvolvimento da cidade e do Estado. "Um grande sergipano, um jovem empresário, homem de grandes qualidades, que, infelizmente, perdemos em decorrência da covid-19. Manelito foi um dos grandes empreendedores de Sergipe", disse ele, ao relembrar a contribuição dada pelo empresário ao Município, logo nos primeiros meses de combate à pandemia. No enfrentamento ao novo coronavírus, o grupo Samam deu apoio direto à Prefeitura de Aracaju com a doação de seis mil litros de álcool a 70%. "No momento difícil que enfrentamos no combate ao novo coronavírus, Manelito se colocou à disposição da cidade e colaborou, de maneira direta, com a Prefeitura de Aracaju", reiterou. 
Esta doação também foi relembrada na nota de pesar divulgada pelo governador Belivaldo Chagas, que também declarou "pesar e consternação" com a notícia. "Ale?m de representante de um dos maiores grupos empresariais do estado, Manelito vinha ajudando como podia no combate ao novo coronavírus em Sergipe (…) Deixo aqui o meu abraço para toda a família, amigos e pessoas próximas do empresário, que deixa um legado de obras e empreendimentos por todo o estado", disse.
A morte também foi lamentada em nota pela Federação do Comércio de Sergipe (Fecomércio), pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). "Um empreendedor de sucesso, que partiu de forma inesperada, deixando um grande aprendizado de como conduzir uma empresa rumo ao sucesso, gerando muitos empregos para os sergipanos e trazendo desenvolvimento para o estado. Um grande homem que nos marca com o exemplo de que o trabalho nos faz crescer", destacou a nota. 
A outra grande perda sofrida nesta semana foi a de Noel Barbosa, um dos fundadores da rede de supermercados G. Barbosa, proprietário do Grupo NB e sócio dos shoppings Jardins e Riomar. Ele tinha 78 anos e morreu na última terça-feira, em um hospital de São Paulo (SP), também com vítima do coronavírus. O corpo foi cremado na capital paulista e as cinzas foram trazidas para Aracaju na tarde de ontem.