Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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Economia e finanças femininas em tempos de pandemia


Publicado em 13 de fevereiro de 2021
Por Jornal Do Dia


 

* Jussara Carvalho Batista Esteves 
Na maioria das vezes em uma roda de amigas, as principais conversas são moda, beleza, casamento e maternidade. Assuntos como investimentos, juros compostos, empreendedorismo, rentabilidade e ações são raros ou quase impossíveis. Então, porque também não falar de economia e finanças para o público feminino, principalmente em tempos de pandemia? 
De acordo com Halfeld (2006) a gestão financeira pessoal tem por objetivo, auxiliar no planejamento e estabelecimento de metas para aquisição e acumulações de bens e valores, para que estes se tornem patrimônios de uma pessoa ou de sua família, visando garantir a estabilidade financeira dos mesmos. A gestão das finanças pessoais tem por objetivo orientar as famílias, para fazer um uso adequado do seu dinheiro, satisfazendo suas necessidades de acordo com suas prioridades. 
Em tempos de pandemia, as mulheres foram mais afetadas economicamente conforme afirmam os dados do IBGE, onde aproximadamente 65% dos números dos desocupados são mulheres, mesmo com a escolaridade muitas vezes superiora dos homens.Além disso, 45% das empreendedoras femininas precisaram fechar seus empreendimentos. Outro aspecto importante é a diferença discrepante salarial, entre homens e mulheres no Brasil e aumenta conforme o grau de escolaridade, chegando a 50%, quando comparamos mulheres negras com homens brancos.
Além de ganharem menos, as mulheres sofrem uma pressão social pelo gasto ainda maior, basta comparar o consumo feminino e o masculino. Outro ponto é levar em consideração também a sua relevância social, uma vez, que, alguns paradigmas ainda são expostos pelo corpo social como: a mulher não sabe administrar seu dinheiro. Por não saber controlar seus impulsos na hora das compras, mulheres só sabem cuidar de casa e de seus filhos. Empoderar as mulheres com conhecimento em finanças é criar independência e autonomia, principalmente para o mercado como um todo. Dados apontam que cada vez mais, as mulheres estão atentas à necessidade de saber como administrar suas finanças pessoais de maneira eficiente.
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, revelou em dezembro de 2018, que 62% das mulheres entrevistadas diziam ter uma vida financeira organizada, o que representa que, três em cada cinco mulheres tem a prática de organizar seus gastos. O percentual de mulheres que não fazem nenhum tipo de controle orçamentário é baixo e atinge 13%. Já o percentual de mulheres que preferem fazer suas anotações em cadernetas e agendas é de 26%, enquanto 29% preferem usar planilhas eletrônicas. Ainda segundo a pesquisa, além das mulheres serem organizadas com as finanças, 40% delas são as principais responsáveis pelas finanças do lar, no caso dos homens esse percentual é de 62%.
Mas mesmo com toda organização, no mercado financeiro, dados da bolsa de valores B3, afirmam que, o percentual de mulheres investidoras tem variado entre 22% e 25% desde 2006. Isso mostra que apatia, medo, ou simples falta de informação é algo secular e infelizmente, não melhorou nos últimos anos. Isso, sem dúvidas, é um alerta da baixa participação das mulheres no mercado financeiro. Sendo assim, é fundamental que cada vez mais as mulheres aprendam a ganhar mais, entendam cada vez no mundo do empreendedorismo feminino, economizando com controle de seus gastos a partir de anotações, criando uma reserva de emergência e investindo seus recursos, para garantir uma independência financeira nofuturo e um bem estar econômico e social para elas e consequentemente toda sua família.
Sendo assim, o acesso ao conhecimento em economia e finanças, se tornam cada vez mais importantes para empoderamento feminino, inserção ao empreendedorismo e redução dos índices de desemprego e consequentemente da violência doméstica e patrimonial na qual infelizmente muitas mulheres vivem.
* Jussara Carvalho Batista Esteves , economista. M. Sc.  Desenvolvimento Regional pela  Universidade Federal de Sergipe (UFS).  Pós-graduação em Desenvolvimento Econômico Regional (UFS). Analista em Desenvolvimento Regional – Economista CODEVASF 4ªSR- Unidade de Finanças 4ªGRA/UFN. Elaborado 10.02.2021 @planejase77

* Jussara Carvalho Batista Esteves

Na maioria das vezes em uma roda de amigas, as principais conversas são moda, beleza, casamento e maternidade. Assuntos como investimentos, juros compostos, empreendedorismo, rentabilidade e ações são raros ou quase impossíveis. Então, porque também não falar de economia e finanças para o público feminino, principalmente em tempos de pandemia? 
De acordo com Halfeld (2006) a gestão financeira pessoal tem por objetivo, auxiliar no planejamento e estabelecimento de metas para aquisição e acumulações de bens e valores, para que estes se tornem patrimônios de uma pessoa ou de sua família, visando garantir a estabilidade financeira dos mesmos. A gestão das finanças pessoais tem por objetivo orientar as famílias, para fazer um uso adequado do seu dinheiro, satisfazendo suas necessidades de acordo com suas prioridades. 
Em tempos de pandemia, as mulheres foram mais afetadas economicamente conforme afirmam os dados do IBGE, onde aproximadamente 65% dos números dos desocupados são mulheres, mesmo com a escolaridade muitas vezes superiora dos homens.Além disso, 45% das empreendedoras femininas precisaram fechar seus empreendimentos. Outro aspecto importante é a diferença discrepante salarial, entre homens e mulheres no Brasil e aumenta conforme o grau de escolaridade, chegando a 50%, quando comparamos mulheres negras com homens brancos.
Além de ganharem menos, as mulheres sofrem uma pressão social pelo gasto ainda maior, basta comparar o consumo feminino e o masculino. Outro ponto é levar em consideração também a sua relevância social, uma vez, que, alguns paradigmas ainda são expostos pelo corpo social como: a mulher não sabe administrar seu dinheiro. Por não saber controlar seus impulsos na hora das compras, mulheres só sabem cuidar de casa e de seus filhos. Empoderar as mulheres com conhecimento em finanças é criar independência e autonomia, principalmente para o mercado como um todo. Dados apontam que cada vez mais, as mulheres estão atentas à necessidade de saber como administrar suas finanças pessoais de maneira eficiente.
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, revelou em dezembro de 2018, que 62% das mulheres entrevistadas diziam ter uma vida financeira organizada, o que representa que, três em cada cinco mulheres tem a prática de organizar seus gastos. O percentual de mulheres que não fazem nenhum tipo de controle orçamentário é baixo e atinge 13%. Já o percentual de mulheres que preferem fazer suas anotações em cadernetas e agendas é de 26%, enquanto 29% preferem usar planilhas eletrônicas. Ainda segundo a pesquisa, além das mulheres serem organizadas com as finanças, 40% delas são as principais responsáveis pelas finanças do lar, no caso dos homens esse percentual é de 62%.
Mas mesmo com toda organização, no mercado financeiro, dados da bolsa de valores B3, afirmam que, o percentual de mulheres investidoras tem variado entre 22% e 25% desde 2006. Isso mostra que apatia, medo, ou simples falta de informação é algo secular e infelizmente, não melhorou nos últimos anos. Isso, sem dúvidas, é um alerta da baixa participação das mulheres no mercado financeiro. Sendo assim, é fundamental que cada vez mais as mulheres aprendam a ganhar mais, entendam cada vez no mundo do empreendedorismo feminino, economizando com controle de seus gastos a partir de anotações, criando uma reserva de emergência e investindo seus recursos, para garantir uma independência financeira nofuturo e um bem estar econômico e social para elas e consequentemente toda sua família.
Sendo assim, o acesso ao conhecimento em economia e finanças, se tornam cada vez mais importantes para empoderamento feminino, inserção ao empreendedorismo e redução dos índices de desemprego e consequentemente da violência doméstica e patrimonial na qual infelizmente muitas mulheres vivem.

* Jussara Carvalho Batista Esteves , economista. M. Sc.  Desenvolvimento Regional pela  Universidade Federal de Sergipe (UFS).  Pós-graduação em Desenvolvimento Econômico Regional (UFS). Analista em Desenvolvimento Regional – Economista CODEVASF 4ªSR- Unidade de Finanças 4ªGRA/UFN. Elaborado 10.02.2021 @planejase77

 

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