Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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VASCO, UM AMOR FORA DE SÉRIE


Publicado em 27 de fevereiro de 2021
Por Jornal Do Dia


 

Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos
Na última quinta-feira, além de aturar mais um título brasileiro do Clube de Regatas Flamengo, o oitavo (com todo mérito), presenciei mais uma queda para a série B do meu time de coração: o Clube de Regatas Vasco da Gama. É o quarto fracasso do clube cruzmaltino do Rio de Janeiro, desde sua última grande glória com o timaço do ano 2000, com Romário, Edmundo, Juninho Pernambucano e mais uma plêiade de exímios atletas. Diferente da primeira, quando chorei, esta última deixou uma certeza: como em tudo na vida, ou se planeja e se investe ou se amargura reveses infindáveis.
A grande discussão nesses dias foi se o Vasco e o Botafogo, ambos do Rio, que também caiu, são ainda times grandes. Na sexta-feira, um ex-aluno meu da UFS me perguntou se ainda nascem vascaínos no Brasil. Ora, o que realmente define a grandeza de um clube é quantidade de títulos ou a sua história? Se fôssemos definir as coisas, as pessoas e as instituições apenas pelo que elas são no momento, penso que estaríamos cometendo uma grande injustiça. 
No meu caso, o tamanho de meu clube de futebol preferido eu defino por uma coisa que todos os torcedores, em geral, nutrem: o amor por ele. E isso implica conhecer as trajetórias de vida de cada torcedor, suas experiências pessoas e coletivas com o futebol, a história do clube e os sujeitos que fizeram dessa jornada esportiva um marco no tempo e no espaço. Meu Vasco é um clube centenário, um dos mais antigos do país, fundado no dia 21 de agosto de 1898. Assim como outros grandes, a exemplo do Cruzeiro, vive uma fase ruim, péssima até. Mas, nem por isso deixaram de ser grandes.
Minha relação pessoal com o Vasco se confunde com meu nascimento. O clube foi campeão brasileiro pela primeira vez no ano em que eu nasci: 1974. Um timaço comandado por Roberto Dinamite, que naquele ano foi artilheiro e se tornou, até hoje, o maior goleador dos campeonatos nacionais. Meu pai, José Almeida Monteiro, era vascaíno e cresci com ele amando o futebol e o seu clube preferido. Eu era azucrinado pelos amigos de infância a torcer pelo Flamengo multicampeão do início dos anos 80. Particularmente, eu era admirado do futebol de Zico. Ainda assim, não me rendi.
Com o passar dos anos e, sobretudo, após o falecimento de meu pai em 1982, o meu amor pelo futebol e pelo Vasco só crescia. Até hoje, sempre que posso, compro todo tipo de coisa relacionadas ao clube: de camisas retrô a revistas e toda uma sorte de objetos. Entre eles, um dos meus preferidos, que trago em minha biblioteca numa caixa de vidro: uma réplica do Estádio São Januário. Edições da histórica Revista Placar, nem se fala. São inúmeras!
Apesar da quarta queda para a série B (2008, 2013, 2015 e 2020), posso dizer que até o presente momento, também vivi excelentes fases do clube, talvez as melhores em toda a sua linda história: campeonatos brasileiros (1989, 1997, 2000); Taça Libertadores (1998); Copa Mercosul Sul (2000), numa virada histórica e homérica na final sobre o Palmeiras; Copa do Brasil (2011); sem falar nos inúmeros estaduais, como os inesquecíveis títulos com Tita e Cocada (1987 e 1988) e o tri de 1992, 1993 e 1994.
Afora os grandes títulos, as minhas gratas e marcantes experiências com o Clube, das quais destaco três situações: 1) Bahia e Vasco, ano 2000, na Fonte Nova, um grande espetáculo em 3 x 3, com Romário e Juninho Paulista, entre outros; 2) no dia 21 de julho de 2012, quando, quando tive a oportunidade de conhecer o São Januário numa partida que vencemos o Santos de Neymar por 2 x 1; 3) e, também, nesse mesmo dia, quando pude estar pessoalmente com Roberto Dinamite, conversar com ele e registrar o momento numa foto.
Por todas as razões aqui expostas e por outras tantas que eu poderia enumerar aqui, reafirmo meu sentimento pelo clube de meu coração, que se confunde com a minha própria história de vida. Como se dizia numa das primeiras ocasiões de queda: "o sentimento não pode parar!!!". Tantas séries se possa ainda cair, particularmente em razão das profundas dificuldades econômicas e ingerências constantes do clube nos últimos dez anos, afirmo e reafirmo que meu amor pelo Vasco é para todo o sempre. Literalmente, um amor fora de série.

Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos

Na última quinta-feira, além de aturar mais um título brasileiro do Clube de Regatas Flamengo, o oitavo (com todo mérito), presenciei mais uma queda para a série B do meu time de coração: o Clube de Regatas Vasco da Gama. É o quarto fracasso do clube cruzmaltino do Rio de Janeiro, desde sua última grande glória com o timaço do ano 2000, com Romário, Edmundo, Juninho Pernambucano e mais uma plêiade de exímios atletas. Diferente da primeira, quando chorei, esta última deixou uma certeza: como em tudo na vida, ou se planeja e se investe ou se amargura reveses infindáveis.
A grande discussão nesses dias foi se o Vasco e o Botafogo, ambos do Rio, que também caiu, são ainda times grandes. Na sexta-feira, um ex-aluno meu da UFS me perguntou se ainda nascem vascaínos no Brasil. Ora, o que realmente define a grandeza de um clube é quantidade de títulos ou a sua história? Se fôssemos definir as coisas, as pessoas e as instituições apenas pelo que elas são no momento, penso que estaríamos cometendo uma grande injustiça. 
No meu caso, o tamanho de meu clube de futebol preferido eu defino por uma coisa que todos os torcedores, em geral, nutrem: o amor por ele. E isso implica conhecer as trajetórias de vida de cada torcedor, suas experiências pessoas e coletivas com o futebol, a história do clube e os sujeitos que fizeram dessa jornada esportiva um marco no tempo e no espaço. Meu Vasco é um clube centenário, um dos mais antigos do país, fundado no dia 21 de agosto de 1898. Assim como outros grandes, a exemplo do Cruzeiro, vive uma fase ruim, péssima até. Mas, nem por isso deixaram de ser grandes.
Minha relação pessoal com o Vasco se confunde com meu nascimento. O clube foi campeão brasileiro pela primeira vez no ano em que eu nasci: 1974. Um timaço comandado por Roberto Dinamite, que naquele ano foi artilheiro e se tornou, até hoje, o maior goleador dos campeonatos nacionais. Meu pai, José Almeida Monteiro, era vascaíno e cresci com ele amando o futebol e o seu clube preferido. Eu era azucrinado pelos amigos de infância a torcer pelo Flamengo multicampeão do início dos anos 80. Particularmente, eu era admirado do futebol de Zico. Ainda assim, não me rendi.
Com o passar dos anos e, sobretudo, após o falecimento de meu pai em 1982, o meu amor pelo futebol e pelo Vasco só crescia. Até hoje, sempre que posso, compro todo tipo de coisa relacionadas ao clube: de camisas retrô a revistas e toda uma sorte de objetos. Entre eles, um dos meus preferidos, que trago em minha biblioteca numa caixa de vidro: uma réplica do Estádio São Januário. Edições da histórica Revista Placar, nem se fala. São inúmeras!
Apesar da quarta queda para a série B (2008, 2013, 2015 e 2020), posso dizer que até o presente momento, também vivi excelentes fases do clube, talvez as melhores em toda a sua linda história: campeonatos brasileiros (1989, 1997, 2000); Taça Libertadores (1998); Copa Mercosul Sul (2000), numa virada histórica e homérica na final sobre o Palmeiras; Copa do Brasil (2011); sem falar nos inúmeros estaduais, como os inesquecíveis títulos com Tita e Cocada (1987 e 1988) e o tri de 1992, 1993 e 1994.
Afora os grandes títulos, as minhas gratas e marcantes experiências com o Clube, das quais destaco três situações: 1) Bahia e Vasco, ano 2000, na Fonte Nova, um grande espetáculo em 3 x 3, com Romário e Juninho Paulista, entre outros; 2) no dia 21 de julho de 2012, quando, quando tive a oportunidade de conhecer o São Januário numa partida que vencemos o Santos de Neymar por 2 x 1; 3) e, também, nesse mesmo dia, quando pude estar pessoalmente com Roberto Dinamite, conversar com ele e registrar o momento numa foto.
Por todas as razões aqui expostas e por outras tantas que eu poderia enumerar aqui, reafirmo meu sentimento pelo clube de meu coração, que se confunde com a minha própria história de vida. Como se dizia numa das primeiras ocasiões de queda: "o sentimento não pode parar!!!". Tantas séries se possa ainda cair, particularmente em razão das profundas dificuldades econômicas e ingerências constantes do clube nos últimos dez anos, afirmo e reafirmo que meu amor pelo Vasco é para todo o sempre. Literalmente, um amor fora de série.

 

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