Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
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A canção é tudo


Publicado em 02 de março de 2021
Por Jornal Do Dia


Bola dentro

 

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Vá entender o que se 
passa na cabeça de 
certos gestores… Anos atrás, alguém teve a ideia infeliz de transformar o corredor de uma repartição estadual em espaço de exposições. Desde então, por razões estranhas ao exercício do próprio ofício, dezenas de artistas foram constrangidos a fingir que o prédio da extinta Secult abrigava uma galeria.
Nada mais falso. A verdadeira de galeria sob a responsabilidade do governo de Sergipe está localizada em um prédio moderno, a Biblioteca Pública Epiphanio Dória. Passou anos inativa, até ser mais uma vez inaugurada com pompa e circunstância. Depois foi transferida para o pavimento superior do mesmo prédio. Porém, sem a necessária adequação do espaço. Somente agora, depois de um longo período de sub utilização, a Galeria de Artes J Inácio mereceu o devido investimento, a fim de promover a sensibilidade nativa com tudo a que artistas e eventuais visitantes têm direito.
Antes tarde do que nunca. É sabido que a invenção da tal sergipanidade ainda está para se converter em um laço afetivo entre a população e os valores da aldeia. Também é notável que os sergipanos relutam a mirar o espelho. Espaços como uma galeria de artes devidamente equipada são, no entanto, fundamentais para o reconhecimento das feições de um povo. Tudo o mais é consequência.
A mim, pouco me importa o ufanismo das peças publicitárias, nos quais a idéia vaga de povo se presta à promoção de projetos poder diversos – nem sempre breves, mas invariavelmente passageiros. Neste particular, estou com Cecília Meireles, em seu desprezo radical pelos motivos alegados por uns e outros: A canção é tudo. 
Esta semana, a Galeria de Artes J Inácio abre as portas mais uma vez. Bola dentro da presidência da Funcap, na pessoa de Conceição Vieira.

Rian Santos

Vá entender o que se  passa na cabeça de  certos gestores… Anos atrás, alguém teve a ideia infeliz de transformar o corredor de uma repartição estadual em espaço de exposições. Desde então, por razões estranhas ao exercício do próprio ofício, dezenas de artistas foram constrangidos a fingir que o prédio da extinta Secult abrigava uma galeria.
Nada mais falso. A verdadeira de galeria sob a responsabilidade do governo de Sergipe está localizada em um prédio moderno, a Biblioteca Pública Epiphanio Dória. Passou anos inativa, até ser mais uma vez inaugurada com pompa e circunstância. Depois foi transferida para o pavimento superior do mesmo prédio. Porém, sem a necessária adequação do espaço. Somente agora, depois de um longo período de sub utilização, a Galeria de Artes J Inácio mereceu o devido investimento, a fim de promover a sensibilidade nativa com tudo a que artistas e eventuais visitantes têm direito.
Antes tarde do que nunca. É sabido que a invenção da tal sergipanidade ainda está para se converter em um laço afetivo entre a população e os valores da aldeia. Também é notável que os sergipanos relutam a mirar o espelho. Espaços como uma galeria de artes devidamente equipada são, no entanto, fundamentais para o reconhecimento das feições de um povo. Tudo o mais é consequência.
A mim, pouco me importa o ufanismo das peças publicitárias, nos quais a idéia vaga de povo se presta à promoção de projetos poder diversos – nem sempre breves, mas invariavelmente passageiros. Neste particular, estou com Cecília Meireles, em seu desprezo radical pelos motivos alegados por uns e outros: A canção é tudo. 
Esta semana, a Galeria de Artes J Inácio abre as portas mais uma vez. Bola dentro da presidência da Funcap, na pessoa de Conceição Vieira.

 

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