Quarta, 22 De Janeiro De 2025
       
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Proteção das máscaras começa a ser discutida


Publicado em 14 de março de 2021
Por Jornal Do Dia


O professor de Imunologia Clínica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lysandro Borges

 

Milton Alves Júnior
Diante da circulação de novas cepas da covid-19, apontadas por cientistas brasileiros como mais contagiosas e letais, de forma involuntária o uso de duas máscaras passou a ser adotada por milhões de pessoas como medida extra de proteção. A multiplicação dos cuidados não tem sido vista apenas no Brasil e países vizinhos da América do Sul. No último dia 03 de março, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) se manifestou oficialmente sobre este caso, e chamou a atenção das pessoas para os riscos que essa suposta dupla proteção possa provocar à saúde dos seres humanos. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o uso de duas máscaras de pano não inibe o contato respiratório com o vírus. 
Caso o cidadão deseje impulsionar os cuidados a fim de evitar o contato com estas novas cepas, não é descartada a utilização de máscara cirúrgica sobre outra de pano. A combinação cria um ajuste mais apertado ao redor do rosto e reduz em 95% a exposição aos aerossóis – pequenas partículas de secreções respiratórias que ficam no ar e podem conter o coronavírus. A OMS reconhece esse estudo, mas opta por enaltecer que o ideal é que essas peças [máscaras] devem ter camada tripla e não dispor de válvulas. Das três camas, a que fica em contato com a boca aberta deve ser de algodão absorvente, a intermediária de polipropileno e a mais distante do rosto pode ser também de polipropileno ou de um poliéster resistente à umidade. 
Para o farmacêutico e professor de Imunologia Clínica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lysandro Borges,  coordenador da Força Tarefa Covid-19, antes mesmo de se intensificar a discussão em torno do uso duplo da máscara, é preciso que as pessoas – minorias, segundo ele -, passem a respeitar o isolamento e distanciamento social, bem como a utilização justamente da máscara. "As novas cepas são mais infectivas e podem atravessar as máscaras de pano com mais facilidade. Desde o final do mês de janeiro a gente se depara com essa questão do uso de duas máscaras, mas é interessante que a população atente às recomendações e use máscaras, álcool gel e mantenha o distanciamento; sem adotar as medidas básicas, esse enfrentamento permanecerá muito difícil", disse. 
A máscara é considerada uma das principais estratégias de prevenção contra a covid-19 e é recomendada por diversos órgãos reguladores ao redor do mundo, incluindo a própria Organização Mundial da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As medidas reduzem a exposição de pessoas não infectadas às partículas da covid-19, evitam que as infectadas disseminem o vírus e sofram reinfecções, ainda que seja usada sem um uso simultâneo. Falando-se na Anvisa, esta semana o órgão decidiu endurecer as regras para o uso de máscaras de proteção individual em aeroportos, a fim de mitigar a disseminação da Covid-19. Muito comuns no Brasil, as máscaras de tecido, em materiais como algodão e tricoline, só poderão ser utilizadas caso possuam mais de uma camada de proteção e tenham ajuste adequado ao rosto. 
Em comunicado oficial publicado na quinta-feir ( 11), ainda de acordo com a Agência, a partir do dia 25 de março, acessórios como bandanas, lenços e protetores do tipo "face shield" não poderão mais ser utilizados como proteção facial. Da mesma forma, máscaras de acrílico, de plástico transparente e as que possuem válvula de expiração, mesmo profissionais. "Para proteger a saúde do viajante, a máscara deve estar bem ajustada ao rosto, cobrindo o nariz e boca, sem aberturas que permitam a entrada ou saída de ar e gotículas respiratórias. Com as alterações aprovadas nesta quinta-feira, os modelos que não garantam essa proteção não serão mais aceitos nos aeroportos e nas aeronaves", avisou. 
A fim de evitar transtornos, é preciso que o passageiro consulte as regras adotadas por cada companhia aérea. Isso ocorre em virtude de a Latam, por exemplo, desde o dia 1º de março ter proibido o embarque de passageiros que utilizem máscaras com válvulas ou que estejam apenas com lenços, echarpe ou bandanas de pano como proteção. "Vivenciamos hoje o pico mais cruel se comparado à mesma elevação e casos e óbitos registrados no ano passado. São mais de dez dias seguidos de novos recordes negativos. A vacina chegou, mas até que mais de 80% da população esteja imunizada, é preciso que os cuidados sejam respeitados com fidelidade. Usar máscara adequadamente e higienizar as mãos são os princípios básicos dessa luta contra o inimigo invisível", completou Lysandro Borges.

Milton Alves Júnior

Diante da circulação de novas cepas da covid-19, apontadas por cientistas brasileiros como mais contagiosas e letais, de forma involuntária o uso de duas máscaras passou a ser adotada por milhões de pessoas como medida extra de proteção. A multiplicação dos cuidados não tem sido vista apenas no Brasil e países vizinhos da América do Sul. No último dia 03 de março, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) se manifestou oficialmente sobre este caso, e chamou a atenção das pessoas para os riscos que essa suposta dupla proteção possa provocar à saúde dos seres humanos. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o uso de duas máscaras de pano não inibe o contato respiratório com o vírus. 
Caso o cidadão deseje impulsionar os cuidados a fim de evitar o contato com estas novas cepas, não é descartada a utilização de máscara cirúrgica sobre outra de pano. A combinação cria um ajuste mais apertado ao redor do rosto e reduz em 95% a exposição aos aerossóis – pequenas partículas de secreções respiratórias que ficam no ar e podem conter o coronavírus. A OMS reconhece esse estudo, mas opta por enaltecer que o ideal é que essas peças [máscaras] devem ter camada tripla e não dispor de válvulas. Das três camas, a que fica em contato com a boca aberta deve ser de algodão absorvente, a intermediária de polipropileno e a mais distante do rosto pode ser também de polipropileno ou de um poliéster resistente à umidade. 
Para o farmacêutico e professor de Imunologia Clínica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lysandro Borges,  coordenador da Força Tarefa Covid-19, antes mesmo de se intensificar a discussão em torno do uso duplo da máscara, é preciso que as pessoas – minorias, segundo ele -, passem a respeitar o isolamento e distanciamento social, bem como a utilização justamente da máscara. "As novas cepas são mais infectivas e podem atravessar as máscaras de pano com mais facilidade. Desde o final do mês de janeiro a gente se depara com essa questão do uso de duas máscaras, mas é interessante que a população atente às recomendações e use máscaras, álcool gel e mantenha o distanciamento; sem adotar as medidas básicas, esse enfrentamento permanecerá muito difícil", disse. 
A máscara é considerada uma das principais estratégias de prevenção contra a covid-19 e é recomendada por diversos órgãos reguladores ao redor do mundo, incluindo a própria Organização Mundial da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As medidas reduzem a exposição de pessoas não infectadas às partículas da covid-19, evitam que as infectadas disseminem o vírus e sofram reinfecções, ainda que seja usada sem um uso simultâneo. Falando-se na Anvisa, esta semana o órgão decidiu endurecer as regras para o uso de máscaras de proteção individual em aeroportos, a fim de mitigar a disseminação da Covid-19. Muito comuns no Brasil, as máscaras de tecido, em materiais como algodão e tricoline, só poderão ser utilizadas caso possuam mais de uma camada de proteção e tenham ajuste adequado ao rosto. 
Em comunicado oficial publicado na quinta-feir ( 11), ainda de acordo com a Agência, a partir do dia 25 de março, acessórios como bandanas, lenços e protetores do tipo "face shield" não poderão mais ser utilizados como proteção facial. Da mesma forma, máscaras de acrílico, de plástico transparente e as que possuem válvula de expiração, mesmo profissionais. "Para proteger a saúde do viajante, a máscara deve estar bem ajustada ao rosto, cobrindo o nariz e boca, sem aberturas que permitam a entrada ou saída de ar e gotículas respiratórias. Com as alterações aprovadas nesta quinta-feira, os modelos que não garantam essa proteção não serão mais aceitos nos aeroportos e nas aeronaves", avisou. 
A fim de evitar transtornos, é preciso que o passageiro consulte as regras adotadas por cada companhia aérea. Isso ocorre em virtude de a Latam, por exemplo, desde o dia 1º de março ter proibido o embarque de passageiros que utilizem máscaras com válvulas ou que estejam apenas com lenços, echarpe ou bandanas de pano como proteção. "Vivenciamos hoje o pico mais cruel se comparado à mesma elevação e casos e óbitos registrados no ano passado. São mais de dez dias seguidos de novos recordes negativos. A vacina chegou, mas até que mais de 80% da população esteja imunizada, é preciso que os cuidados sejam respeitados com fidelidade. Usar máscara adequadamente e higienizar as mãos são os princípios básicos dessa luta contra o inimigo invisível", completou Lysandro Borges.

 

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