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MUITOS SABEM O QUE FAZER E NÃO FAZEM
Publicado em 25 de março de 2021
Por Jornal Do Dia
* Rômulo Rodrigues
A prova irrefutável de que já passou do tempo para uma providência cirúrgica no Brasil está na carta assinada por mais de 240 empresários, economistas do mercado, ex-ministros da fazenda, ex-presidente do Banco Central, de vários governos pedindo vacina já.
A grande mídia patronal que coloca o lucro acima da vida não encampa nenhuma campanha que aponte para a solução necessária e nenhum veículo assume a responsabilidade de mostrar ao País que há a prática inclemente de um genocídio.
Que a situação da pandemia tem receitas aplicáveis no enfrentamento está provado e dois exemplos reais, são boicotados pela mídia, por serem governos do PT, que são Maricá no RJ e Araraquara em SP.
O Manifesto dos 240 propõe 4 medidas indispensáveis no combate à pandemia: acelerar o ritmo de vacinações; incentivar o uso de máscaras; implementar medidas de distanciamento social e criar mecanismos de coordenação do combate à pandemia de âmbito nacional.
Medidas que em Maricá e Araraquara já reduziram entre 37 e 76% as internações, contaminações e mortes nas últimas semanas e vão reduzir muito mais nas próximas.
É claro que o manifesto está cheio de gente que lucrou e está lucrando bilhões de Reais com a pandemia. Mas, a questão é que sabem que mortalha não tem bolso e que o colapso do sistema de saúde que atende gente do nível deles não tem mais disponível leitos, UTIS e Oxigênio, caso necessitem; e nada têm de compaixão ou solidariedade.
Diante da gravidade do quadro, não se pode rejeitar qualquer manifestação de opinião que denuncie o caos e exija providências; também, não se pode deixar de repudiar e denunciar atitudes sórdidas como a do jornal Folha de S. Paulo de orientar o voto de Nunes Marques e querer assumir o papel de preparadora do terreno para um novo golpe contra a provável candidatura de Lula em 2022.
O instrumento utilizado é uma pesquisa do instituto Datafolha que diz que 51% dos entrevistados são contra a candidatura de Lula, omitindo que quem tem tal percentual contra, tem 49% a favor e pode liquidar a fatura com mais 1% e mais um voto, logo no primeiro turno.
O Datafolha, agora solto, depois da falência do IBOPE, esconde que no momento da pesquisa Lula estava inocentado e portanto, não cabe pesquisa de opinião obscura sobre julgamento.
E então, o que fazer? Simples; tem que ser criada e colocada em ação uma nova ofensiva para dar suporte às entrevistas de Lula e suas iniciativas de cobrar dos presidentes dos EUA e da França; Biden e Macron, posições rápidas na distribuição de vacinas como bem universal para vários países e das conversa que ele teve com o ex-presidente da França François Hollande e com os líderes do BRICS Putin e Xinping, da Rússia e da China, sobre parcerias estratégicas para distribuição de vacinas, provando que o Brasil tem um líder capaz de ajudar na construção de uma agenda positiva mundial de enfrentamento da pandemia.
Também, iniciar uma ofensiva internacional com um bloco mais amplo possível para frear o fascismo, por fim ao genocídio e calar o assanhamento dos militares golpistas e traidores da pátria; iniciativa urgente e necessária aproveitando o momento Lula para avançar, já que o manifesto da elite econômica isola Bolsonaro e Mourão e abre espaço para um salto no avanço democrático.
O recente alinhamento de posições entre Lula e grandes lideranças mundiais reforçam essas e outras iniciativas em andamento, até porque, há um novo componente ameaçador de vidas humanas no Brasil, o Kit Covid de Bolsonaro, que pode ter matado três pessoas em São Paulo e uma em Porto Alegre, e mais cinco pessoas estão precisando de transplantes de fígado, pelos efeitos colaterais
Um conceito nefasto que é preciso enfrentar com rapidez é essa conversa mole de que o brasileiro é um povo cordato.
Coisa nenhuma; é um povo contaminado por uma grande parte que votou num fascista, defensor e protetor de milícias, que exaltou e exalta a tortura, mas que, na hora de lutar por seus direitos se acovarda.
É um povo propenso a acreditar nas mentiras e distorções da classe dominante achando que isso o coloca no mesmo nível, porque foi doutrinado a acreditar que deve respeitar três categorias sagradas; os de togas, os de fardas e os de gravatas.
Uma enorme massa descerebrada chamada de classe média que abomina a solidariedade com os desprovidos e se contenta em ver multidões de famélicos e olhar de cima para baixo e se sentir vencedora.
É a parcela que sem qualquer senso crítico responde aos questionamentos que se nega a enxergar com os clássicos vão para Cuba e vão para a Venezuela.
Só que não entendem que ir para Cuba significa tomar vacina e afastar o Corona e ir para a Venezuela ser a saída de ver o errona construção de um governo paralelo, aproveitar a ideia e, com legitimidade, e fazer aqui com apoio internacional.
Se lá, os EUA tentaram alçar um títere chamado Guaidó, que fracassou por falta de credibilidade, aqui nós temos Estadista para governar para valer e tirar o País do atoleiro.
Com certeza, a ideia do genocídio já estava em mente no golpe contra Dilma e na eleição de Bolsonaro; e a expulsão dos médicos cubanos foi parte da trama; o Corona chegou para dar grande ajuda.
* Rômulo Rodrigues, militante político