Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
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A três por quatro


Publicado em 26 de março de 2021
Por Jornal Do Dia


 

A polícia sergipana mata a três por quatro, este 
é um fato de conhecimento público e notório. 
Via de regra, no entanto, os óbitos derivados de confronto com os agentes de segurança estaduais não chegam a ser devidamente investigados por quem de direito. Toma-se por certo de que a vítima é, em verdade, um marginal. E fica tudo por isso mesmo.
Desta vez foi diferente. A operação que resultou no assassinato do empresário Gefferson de Moura Gomes, com participação direta de três policiais sergipanos, na Paraíba, foi submetida ao escrutínio minucioso das autoridades competentes. Sem a vista grossa, a cumplicidade e o corporativismo dos policiais paraibanos, as incongruências alegadas para justificar a saraivada de disparos contra o veículo da vítima saltaram aos olhos.
O delegado Sylvio Rabelo, da Delegacia de Homicídios da cidade de Patos (PB), disse que a versão apresentada pelos agentes, segundo a qual Geffeson teria reagido à abordagem feita a um veículo suspeito, não tem o amparo dos fatos.
Indícios de fraude também foram constatados a partir de uma perícia no carro do empresário, que estava a caminho da cidade de Cajazeiras, onde visitaria o pai. Segundo o perito criminal paraibano Adriano Medeiros, o veículo foi retirado do local do crime por um dos policiais, adulterando o cenário sem motivo razoável. Os policiais sergipanos ainda teriam remexido em objetos dentro do carro, como se estivessem fazendo uma revista. Uma terceira pista citada foi a presença de poças de sangue dentro do carro, indicando que a vítima morreu ali mesmo, sem receber socorro imediato.
Ao opróbrio de conduta tão vergonhosa, criminosa mesmo, acrescente-se a reação da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol), que prestou pronta solidariedade ao colega de função. Ao invés de cobrar investigação rigorosa e punição exemplar a eventuais condenados, como seria esperado, a Adepol preferiu levantar dúvidas infundadas sobre a investigação em curso. Por estas plagas, o corporativismo fala mais alto. Também por isso, presume-se, a polícia sergipana esteja entre as mais letais do Brasil.

A polícia sergipana mata a três por quatro, este  é um fato de conhecimento público e notório.  Via de regra, no entanto, os óbitos derivados de confronto com os agentes de segurança estaduais não chegam a ser devidamente investigados por quem de direito. Toma-se por certo de que a vítima é, em verdade, um marginal. E fica tudo por isso mesmo.
Desta vez foi diferente. A operação que resultou no assassinato do empresário Gefferson de Moura Gomes, com participação direta de três policiais sergipanos, na Paraíba, foi submetida ao escrutínio minucioso das autoridades competentes. Sem a vista grossa, a cumplicidade e o corporativismo dos policiais paraibanos, as incongruências alegadas para justificar a saraivada de disparos contra o veículo da vítima saltaram aos olhos.
O delegado Sylvio Rabelo, da Delegacia de Homicídios da cidade de Patos (PB), disse que a versão apresentada pelos agentes, segundo a qual Geffeson teria reagido à abordagem feita a um veículo suspeito, não tem o amparo dos fatos.
Indícios de fraude também foram constatados a partir de uma perícia no carro do empresário, que estava a caminho da cidade de Cajazeiras, onde visitaria o pai. Segundo o perito criminal paraibano Adriano Medeiros, o veículo foi retirado do local do crime por um dos policiais, adulterando o cenário sem motivo razoável. Os policiais sergipanos ainda teriam remexido em objetos dentro do carro, como se estivessem fazendo uma revista. Uma terceira pista citada foi a presença de poças de sangue dentro do carro, indicando que a vítima morreu ali mesmo, sem receber socorro imediato.
Ao opróbrio de conduta tão vergonhosa, criminosa mesmo, acrescente-se a reação da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol), que prestou pronta solidariedade ao colega de função. Ao invés de cobrar investigação rigorosa e punição exemplar a eventuais condenados, como seria esperado, a Adepol preferiu levantar dúvidas infundadas sobre a investigação em curso. Por estas plagas, o corporativismo fala mais alto. Também por isso, presume-se, a polícia sergipana esteja entre as mais letais do Brasil.

 

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