O fornecimento de oxigênio ao estado está garantido
Estado consegue manter fornecimento de oxigênio medicinal
Publicado em 10 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia
Diante do aumento de casos de pesso as com a Covid-19 e da alta demanda por oxigênio na rede hospitalar de Sergipe, o Poder Judiciário concedeu liminar ao Estado de Sergipe determinando que a Messer Gases – empresa que fornece oxigênio hospitalar para o estado, priorize a produção de oxigênio medicinal em detrimento do industrial e que forneça, caso haja necessidade e em caráter excepcional devido à pandemia, o volume de até 450 mil metros cúbicos, com produção na planta de Camaçari (BA). A decisão liminar vai garantir o abastecimento de oxigênio hospitalar e a assistência aos pacientes que dele necessitarem.
A ação foi impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE-SE) a partir de manifestação da Secretaria de Estado da Saúde (SES). A CR Distribuidora em inquérito impetrado pelo Ministério Público Federal vem relatando intensas dificuldades nas negociações com a Messer para o fornecimento do oxigênio hospitalar, já que a empresa priorizava a produção industrial e, ainda, pretendia transferir a produção do gás hospitalar da planta de Camaçari para a do Rio de Janeiro.
A mudança de planta traria sérios danos à assistência aos pacientes que precisam desse tipo de suporte de vida, como argumentou, na ação, o procurador do Estado, Alexandre Augusto Rocha Soares. "Transferir a fabricação de Camaçari para o Rio de Janeiro iria inviabilizar o abastecimento do produto na rede hospitalar de Sergipe, tanto pela distância, que geraria um tempo de transporte muito grande, cerca de uma semana, o que é inadmissível em uma situação de pandemia, quanto pela falta de logística da CR Distribuidora para cumprir o contrato com o Estado neste novo cenário", explicou o procurador.
O procurador ainda destacou que a solicitação de triplicar o fornecimento do oxigênio medicinal – o consumo regular é de 150 mil metros cúbicos, volume que passou para 280 mil metros cúbicos na pandemia – seguiu o parâmetro do Estado do Amazonas, paradigma da crise sanitária, ou seja, representa uma ação preventiva, uma preparação para o caso de haver agravamento da pandemia em Sergipe. Alexandre enfatizou ainda quea PGE e a SES vêm atuando em outras frentes para garantir o abastecimento do oxigênio medicinal.