Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

Faroeste


Publicado em 24 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia


 

A polícia sergipana dispara a torto e direito. Eis 
o que sugere levantamento realizado pelo 
Monitor da Violência, a partir dos casos de confronto policial seguidos de morte notificados ao longo do ano passado. De acordo com os dados oficiais, há poucos lugares no Brasil onde conflitos com a ordem são resolvidos no calor da bala com tanta frequência, como em Sergipe.
Sergipe é o segundo estado com o maior número de mortes durante confrontos policiais no ano de 2020. Segundo a pesquisa, o estado registrou a taxa de 8,5, ficando atrás apenas do Amapá com 12,5. A Bahia ficou em terceiro com 7,5, seguida de Rio de Janeiro com 7,1 e Pará com 5, por 100 mil habitantes.
Lamentável, a estatística serve de advertência, justamente quando a atuação policial está em pauta no primeiro escalão da República. O presidente Jair Bolsonaro faz de tudo para ser reconhecido como um entusiasta das armas de fogo. O presidente também defende a criação do excludente de ilicitude, a fim de varrer o índice escandaloso de letalidade policial registrado no Brasil para baixo do tapete. Ao ancorar as políticas de segurança pública exclusivamente no incentivo ao confronto direto, contudo, o governo federal colabora para a institucionalização do justiçamento, puro e simples.
Este é um problema grave e de abrangência nacional. Via de regra, onde falta qualificação técnica abunda a má fé, ou o puro ímpeto, o voluntarismo. Este é justamente o caso. Infelizmente, a polícia brasileira não está preparada para lidar com cidadãos e apela sempre para o último recurso. Atira primeiro, pergunta depois.

A polícia sergipana dispara a torto e direito. Eis  o que sugere levantamento realizado pelo  Monitor da Violência, a partir dos casos de confronto policial seguidos de morte notificados ao longo do ano passado. De acordo com os dados oficiais, há poucos lugares no Brasil onde conflitos com a ordem são resolvidos no calor da bala com tanta frequência, como em Sergipe.
Sergipe é o segundo estado com o maior número de mortes durante confrontos policiais no ano de 2020. Segundo a pesquisa, o estado registrou a taxa de 8,5, ficando atrás apenas do Amapá com 12,5. A Bahia ficou em terceiro com 7,5, seguida de Rio de Janeiro com 7,1 e Pará com 5, por 100 mil habitantes.
Lamentável, a estatística serve de advertência, justamente quando a atuação policial está em pauta no primeiro escalão da República. O presidente Jair Bolsonaro faz de tudo para ser reconhecido como um entusiasta das armas de fogo. O presidente também defende a criação do excludente de ilicitude, a fim de varrer o índice escandaloso de letalidade policial registrado no Brasil para baixo do tapete. Ao ancorar as políticas de segurança pública exclusivamente no incentivo ao confronto direto, contudo, o governo federal colabora para a institucionalização do justiçamento, puro e simples.
Este é um problema grave e de abrangência nacional. Via de regra, onde falta qualificação técnica abunda a má fé, ou o puro ímpeto, o voluntarismo. Este é justamente o caso. Infelizmente, a polícia brasileira não está preparada para lidar com cidadãos e apela sempre para o último recurso. Atira primeiro, pergunta depois.

 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade