Vacinação do prefeito de Itabi pode ser investigada pelo MPF
Publicado em 06 de maio de 2021
Por Jornal Do Dia
O caso da aplicação da vacina contra o coronavírus no prefeito de Itabi, Amynthas Barreto Júnior, o ‘Júnior de Amynthas’ (DEM), pode ser assumido pelo Ministério Público Federal (MPF). A informação foi confirmada ontem pelo promotor Antônio Fernandes da Silva Júnior, do Ministério Público Estadual (MPSE), que abriu inquérito civil para apurar se ele teve conduta ilícita ao tomar a vacina fora do grupo prioritário – idosos e profissionais de saúde. O episódio aconteceu em 19 de janeiro.
Em ofício entregue ao Conselho Superior do MPSE na qual é feito um pedido de Declínio de Atribuição, o promotor alegou que a competência legal para apurar a conduta é do MPF, já que as vacinas foram providenciadas pelo Ministério da Saúde e que o órgão também foi responsável pela organização e pelo regramento da campanha nacional, executada por estados e municípios. O documento ainda será analisado pelo Conselho Superior do MPSE, que decide se acata ou não a entrega do caso ao MPF.
O inquérito do MPSE foi aberto em 11 de fevereiro, dias após a repercussão de vídeos no qual ‘Júnior de Amynthas’ (DEM) aparece como primeiro a ser vacinado. Segundo as regras do Plano Nacional de Vacinaçãoo prefeito não poderia se vacinar agora e teria que aguardar as últimas fases da campanha, pois, segundo os dados da Justiça Eleitoral, ele tem 46 anos e é empresário. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) repudio o ato e pediu investigação ao MPSE.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Itabi alega queo prefeito Júnior de Amynthas"foi imunizado, em um ato de demonstração de segurança, legitimidade e eficácia da vacina, para incentivar a população Itabiense a vacinar-se, tendo em vista os receios existentes a esse respeito". Dias depois, a secretária adjunta de saúde do município foi exonerada do cargo.