Setransp alerta sobre prejuízos àmobilidade com novas determinações
Publicado em 14 de maio de 2021
Por Jornal Do Dia
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) informa que as empresas prestadoras do sistema integrado de transporte foram notificadas sobre a decisão liminar referente à limitação de público nos veículos em 50% e o uso de máscaras PFF2 pelos trabalhadores do transporte (máscaras normalmente usadas pelos profissionais de saúde). O Setransp está buscando juntos aos órgãos gestores (SMTT e Prefeitura de Aracaju) as orientações quanto ao cumprimento da decisão, porém, junto a isso, estão adotando as medidas judiciais cabíveis para inclusive indicar os riscos que os colaboradores do transporte podem ser expostos com a limitação de público, e os prejuízos à mobilidade dos passageiros e à sustentabilidade do serviço de transporte diante as imposições da liminar.
O sistema de transporte público coletivo de Aracaju e da Região Metropolitana tem sido responsável, neste período, por em média mais de 100 mil deslocamentos diários. Para transportar apenas 50% da sua capacidade, conforme foi determinado em decisão liminar, sem que seja afetado o direito de ir e vir de cada cidadão, seria preciso no mínimo o dobro da frota atual de ônibus, atualmente com 500 veículos. Além disso, essa limitação de público durante o embarque/desembarque nos Terminais de Integração ou mesmo nos pontos de ônibus, sendo feita pelos motoristas, colocaria em exposição os trabalhadores do transporte ao risco de confronto com os passageiros.
Segundo o Setransp, para contribuir no processo de combate à pandemia, toda a frota do transporte foi disponibilizada e houve um remanejamento de veículos para linhas que apontavam maior necessidade. Contudo, embora a oferta de ônibus esteja em 100%, a demanda está entre 55% a 60% do seu habitual, mantendo portanto, queda de 45% do número de passageiros.
Quanto a notificação sobre a obrigatoriedade do uso da máscara descartável PFF2 pelos rodoviários, o Setransp diz que seria necessário pelo menos 120 mil unidades em um mês e um total de 960 mil máscaras até o final do ano – um investimento de no mínimo R$ 4,1 milhões. Neste caso, além da dificuldade que há para entrega de tal volume, essa aquisição pode gerar o risco de desabastecimento do serviço de saúde que de forma indispensável necessita desse EPI.