Huse espera número reduzido de queimados neste São João

Sem a venda de fogos e  com a proibição das fo gueiras, o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) espera que o índice de pacientes acolhidos na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) permaneça com baixo movimento. Em junho do ano passado, primeiro ano de atividades juninas suspensas por decreto estadual, a unidades hospitalar registrou uma redução de 40% no número de atendimentos de queimados. Esse percentual refere-se a todo o período junino; quando se refere com exclusividade à véspera de São João, o fluxo de atendimento emergencial foi ainda menor: 84,8% se comparado ao ano de 2019. 
Há dois anos, da véspera até a noite de São João o Huse registrou 33 atendimentos a vítimas de queimaduras. Em 2020 foram cinco ocorrências envolvendo três adultos residentes em Aracaju e 1 de Carira; quanto às causas, a Secretaria de Estado da Saúde identificou que dois se envolveram ilegalmente com fogos de artifício. Quanto ao registro envolvendo uma criança, a vítima era do município de Itabaianinha, e foi encaminhado para o Huse após sofrer queimadura por líquido quente. De acordo com a gerente da UTQ, Wandressa Nascimento, mesmo com a tendência de baixa entrada de pacientes com queimaduras, o Huse segue preparado para acolher todos os pacientes. 
"É previsto que esse número de pessoas vítimas de queimaduras permaneça em menor número se fizermos essa comparação com os anos sem pandemia. Temos observado isso até aqui [ontem], mas o Sistema Único de Saúde (SUS) continua pronto para receber com toda a assistência possível aqueles que precisarem de atendimento", disse. Em referência ao comparativo entre os anos de 2020 e 2021, a gestora acredita que haverá evolução nos casos: "ano passado era o começo da pandemia, esse ano as pessoas estão mais cansadas, aglomerando mais e isso pode acabar aumentando os atendimentos." Um balanço operacional em referência aos atendimentos protocolados ontem e hoje será divulgado nesta sexta-feira, 25. 
Em caso de acidente, a recomendação dos especialistas é que sejam acionados os órgãos de urgência, emergência e resgate a exemplo do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). "Temos chamado a atenção das pessoas para que, caso a vítima esteja em chamas, inicialmente é fundamental trabalhar para que ela se acalme e role no chão; essa ação vai contribuir para que o fogo apague. Depois esfrie essa queimadura com água corrente em temperatura ambiente por 30 minutos e leva para o hospital, ou aguarde a chegada da ambulância. Agindo assim será possível diminuir a gravidade da queimadura", completou.