Sábado, 18 De Janeiro De 2025
       
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DE POPEYE A SEU PERU – O ADEUS DE ORLANDO DRUMMOND


Publicado em 31 de julho de 2021
Por Jornal Do Dia


 

Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos
"Eu estou porra aqui!". Era a expressão chavão de um de seus mais importantes personagens. E talvez seja esse sentimento que expresse bem o que estamos sentindo diante das consequências da COVID-19, mas também dos erros, malfeitos e desmandos de toda sorte que têm feito com que a pandemia se arrastasse por mais tempo e mais pessoas tenha morrido em razão de seu agravamento e descontrole.
Quando ele apareceu na Escolinha do Professor Raimundo, comandada pelo saudoso comediante Chico Anísio, achei sua voz muito familiar. Lembro de ter comentado com minha mulher de já haver conhecido já aquele tom muito peculiar do ator Orlando Drummond, que interpretava Seu Peru, uma caricatura de gay, mas sem ofensa ao politicamente correto, e sem os exageros ofensivos de determinados tipos de humor.
Tempos depois, fui saber, por meio de uma reportagem, que Orlando Drummond dava voz a muitos personagens de minha infância e adolescência. Particularmente, desenhos animados que curto até hoje, tais como: Alf (o E.T.), Gargamel (dos "Smurfs"), Vingador (da "Carverna do Dragão"), Popeye, Patolino, Frajola e Scooby-Doo.
Natural do Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 1919, morreu com 101 anos, também na capital carioca, na última terça-feira, 27 de julho. Até alcançar fama como dublador e humorista, foi de tudo um pouco no rádio e na TV, inclusive contrarregra. Iniciando carreira artística no início dos anos 40, chegou a atuar no cinema algumas vezes, mas foi como dublador que fixou desde 1950, permanecendo como tal até 2015.
Foi dublador do Scooby-Doo por trinta e cinco anos. Além dos desenhos mais famosos, atuou ainda Peppa Pig (vovô cão e Dr. Urso Marrom); Rátaro (Thundercats); Corujão (do Ursinho Puff); Pepe Legal; Pacato e Gato Guerreiro (He-Man); Lex Luthot (Superamigos); alguns personagens de Simpson. Sem contar um infindável lista de personagens de cinema, como Darth Sidious – Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi; e até mesmo jogos.
Seu Peru surgiu pela primeira vez no rádio, em 1952. Depois alcançou sucesso na TV, em programas Caça Talentos, Zorra Total e Escolinha do Professor Raimundo. O chavão de que lhes falei não era a única grande sacada de Orlando Drummond para seu personagem, mas também trejeitos e expressões corporais, sobretudo do rosto e dos olhos, sem falar no layout da sua indumentária, como óculos e a famosa fita no entorno da cabeça.
Essas e outras histórias estão presente no livro "Orlando Drummond – versão brasileira", de Vítor Gagliardo, pela editora Gryphus, lançado em 2019, por ocasião de seu centenário de nascimento. Segundo familiares, de sábado até terça, o quadro clínico de Orlando Drummond mudou radicalmente para a pior. Sofria bastante e já não reconhecia mais ninguém. 
Orlando Drummond Cardoso deixou viúva a senhora Glória Drummond, com quem era casado desde 1951. Com ela teve dois filhos e destes, cinco netos e três bisnetos. Três dos cinco netos também são dubladores (Felipe, Alexandre e Eduardo). Discreto e de carreira sólida e sem maiores arroubos da fama, manteve-se sempre no auge, com saúde e graça, sendo vencido pelos anos, após falência múltipla de órgão, e descansando para a eternidade.

Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos

"Eu estou porra aqui!". Era a expressão chavão de um de seus mais importantes personagens. E talvez seja esse sentimento que expresse bem o que estamos sentindo diante das consequências da COVID-19, mas também dos erros, malfeitos e desmandos de toda sorte que têm feito com que a pandemia se arrastasse por mais tempo e mais pessoas tenha morrido em razão de seu agravamento e descontrole.
Quando ele apareceu na Escolinha do Professor Raimundo, comandada pelo saudoso comediante Chico Anísio, achei sua voz muito familiar. Lembro de ter comentado com minha mulher de já haver conhecido já aquele tom muito peculiar do ator Orlando Drummond, que interpretava Seu Peru, uma caricatura de gay, mas sem ofensa ao politicamente correto, e sem os exageros ofensivos de determinados tipos de humor.
Tempos depois, fui saber, por meio de uma reportagem, que Orlando Drummond dava voz a muitos personagens de minha infância e adolescência. Particularmente, desenhos animados que curto até hoje, tais como: Alf (o E.T.), Gargamel (dos "Smurfs"), Vingador (da "Carverna do Dragão"), Popeye, Patolino, Frajola e Scooby-Doo.
Natural do Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 1919, morreu com 101 anos, também na capital carioca, na última terça-feira, 27 de julho. Até alcançar fama como dublador e humorista, foi de tudo um pouco no rádio e na TV, inclusive contrarregra. Iniciando carreira artística no início dos anos 40, chegou a atuar no cinema algumas vezes, mas foi como dublador que fixou desde 1950, permanecendo como tal até 2015.
Foi dublador do Scooby-Doo por trinta e cinco anos. Além dos desenhos mais famosos, atuou ainda Peppa Pig (vovô cão e Dr. Urso Marrom); Rátaro (Thundercats); Corujão (do Ursinho Puff); Pepe Legal; Pacato e Gato Guerreiro (He-Man); Lex Luthot (Superamigos); alguns personagens de Simpson. Sem contar um infindável lista de personagens de cinema, como Darth Sidious – Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi; e até mesmo jogos.
Seu Peru surgiu pela primeira vez no rádio, em 1952. Depois alcançou sucesso na TV, em programas Caça Talentos, Zorra Total e Escolinha do Professor Raimundo. O chavão de que lhes falei não era a única grande sacada de Orlando Drummond para seu personagem, mas também trejeitos e expressões corporais, sobretudo do rosto e dos olhos, sem falar no layout da sua indumentária, como óculos e a famosa fita no entorno da cabeça.
Essas e outras histórias estão presente no livro "Orlando Drummond – versão brasileira", de Vítor Gagliardo, pela editora Gryphus, lançado em 2019, por ocasião de seu centenário de nascimento. Segundo familiares, de sábado até terça, o quadro clínico de Orlando Drummond mudou radicalmente para a pior. Sofria bastante e já não reconhecia mais ninguém. 
Orlando Drummond Cardoso deixou viúva a senhora Glória Drummond, com quem era casado desde 1951. Com ela teve dois filhos e destes, cinco netos e três bisnetos. Três dos cinco netos também são dubladores (Felipe, Alexandre e Eduardo). Discreto e de carreira sólida e sem maiores arroubos da fama, manteve-se sempre no auge, com saúde e graça, sendo vencido pelos anos, após falência múltipla de órgão, e descansando para a eternidade.

 

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