Justiça da Paraíba volta a decretar a prisão de policiais sergipanos
Publicado em 25 de agosto de 2021
Por Jornal Do Dia
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) voltou a decretar a prisão preventiva dos três policiais sergipanos envolvidos na operação ocorrida em Santa Rita, interior do estado, que resultou na morte do empresário Geffeson de Moura Gomes, em 16 de março deste ano. De acordo com a corte paraibana, a maioria dos desembargadores aceitou um recurso impetrado pelo Ministério Público estadual e julgado na sessão de ontem.
O processo envolve o delegado Oswaldo Resende Neto, que estava na direção do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil sergipana, o agente de polícia José Alonso de Santana e o policial militar Gilvan Morais de Oliveira, que se apresentaram à corregedoria da Polícia Civil ao fim da tarde de ontem e já se encontram presos na sede da Academia de Polícia Civil (Acadepol), em Aracaju. A defesa dos policiais informou que eles se apresentaram espontaneamente.
O delegado e os dois policiais faziam uma diligência na cidade paraibana, em busca de suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com as investigações da Polícia Civil da Paraíba, os agentes e o delegado dispararam vários tiros contra o carro de Geffeson, que estava a caminho da casa do pai e teria sido confundido com um dos suspeitos.
O recurso do Ministério Público contestava a decisão do Juízo da Vara Única de Santa Luzia, que negou o pedido de prisão preventiva dos policiais sergipanos, com base na conveniência da instrução processual e garantia da ordem pública. Ele começou a ser julgado na sessão do dia 17 de agosto, tendo na ocasião o relator, juiz convocado Carlos Antônio Sarmento, votado a favor do recurso. Na sequência, o Desembargador Arnóbio Alves Teodósio pediu vista dos autos. Já na sessão desta terça-feira, ele acompanhou o relator, sendo seguido pelo Desembargador Ricardo Vital de Almeida.
Alonso, Gilvan e Osvaldo foram denunciados por homicídio triplamente qualificado e adulteração de local de crime. De acordo com o TJPB, a denúncia foi recebida em todos os termos pelo juiz Rossini Amorim Bastos, da Vara Única de Santa Luzia. Os advogados de defesa dos policiais negam as acusações e já anunciaram que vão recorrer da decisão, junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).