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O preço da gasolina


Publicado em 30 de outubro de 2021
Por Jornal Do Dia


A ausência de rigor e seriedade com que o governo de turno em Brasília aborda os problemas do País redunda em discussões francamente inúteis. Foi assim com o preço dos combustíveis praticado nos postos. Ao invés de fazer o trabalho para o qual foi eleito, consultar especialistas, propor soluções, o presidente Jair Bolsonaro preferiu lavar as mãos e distribuir acusações infundadas. O resultado dói no bolso dos brasileiros. Após um aumento de 50% em período muito breve, o litro da gasolina já chega a R$ 7,00.

Ontem, numa alegada demonstração de boa vontade, o Conselho Nacional de Política Fazendária, um colegiado formado pelos secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal, aprovou o congelamento do ICMS sobre o comércio de combustíveis por 90 dias. Trata-se, na verdade, de uma cobrança de providências ao governo federal.

Algo realmente precisa ser feito. Na prática, a política de preços adotada pela Petrobras pressiona a inflação, com o fim de gerar lucro para os acionistas da empresa. Trata-se de uma prioridade legítima. Mas exige que o Palácio do Planalto elabore estratégias eficientes, capazes de amortecer o impacto do dólar e da cotação internacional do petróleo no mercado interno.

A cada nova declaração, Bolsonaro demonstra a própria inaptidão ao cargo ao qual se agarra com unhas e dentes, por força de acomodações nada republicanas com o Centrão. Depois de acusar os governadores estaduais pelo preço da gasolina, voltou as baterias contra a Petrobras, ignorando a influência de seu comportamento errático sobre a valorização do dólar, por exemplo. O presidente precisa se olhar no espelho.

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