Sábado, 21 De Dezembro De 2024
       
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Coleta de lixo começa a ser normalizada na capital


Publicado em 15 de dezembro de 2021
Por Jornal Do Dia Se


Milton Aves Júnior

Depois de enfrentar mais de dez horas com os serviços operacionais suspensos, a cidade de Aracaju deve ter sua coleta de lixo domiciliar e comercial normalizada até a noite de hoje. A promessa foi apresentada na manhã de ontem por gestores da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), depois que técnicos da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) promoveram o fechamento dos aterros sanitários localizados nas cidades de Rosário do Catete e Nossa Senhora do Socorro. A paralisação temporária contribuiu para que pelo menos 1 tonelada de resíduos deixasse de ser retirada das calçadas e demais depósitos de lixo. Bairros pertencentes às zonas Norte, Centro, e Orla de Atalaia, foram as áreas diretamente atingidas.
Os bairros pertencentes à zona Sul não sofreram impacto direto em virtude de a coleta nestas localidades serem realizadas pela Prefeitura de Aracaju apenas nos dias de terça, quinta e sábado. A suspensão operacional promovida pela Adema atendeu a uma determinação judicial que suspendia as licenças concedidas a centros de triagem de resíduos sólidos. Assinada pela juíza da 18º Vara Cível de Aracaju, Christina Machado de Sales e Silva, a determinação inviabilizava ainda os aterros sanitários localizados nas cidades de Itaporanga D’Ajuda, Itabaiana e Estância. Menos de cinco horas após ter emitido a ordem para suspensão dos serviços, em novo despacho, a juíza reconheceu que a medida foi equivocada, e, por isso, todas as atividades deveriam ser retomadas.
“Observo que as referidas atividades serão retomadas de imediato, com a intimação pessoal das mencionadas empresas pelo executor de mandados, com a presente decisão, independente da intimação da autarquia, cuja interpretação da decisão de tutela datada de 09/12/21 fora equivocada. Observo que o descumprimento da presente medida poderá ensejar a aplicação de multa e a prática de litigância de má-fé por parte da autarquia requerida, sem prejuízo de outras determinações que acaso a lei assim autorize”, publicou a juíza Christina Machado de Sales e Silva.
Equívoco da Adema – Minutos após o governo de Sergipe ter recebido a primeira notificação, o diretor-presidente da Adema, Gilvan Dias, informou que o fechamento das unidades de forma imediata afetaria mais de 2 milhões de habitantes. Além de receber os resíduos produzidos pela capital, outros 17 municípios também passavam a sentir o impacto da medida judicial. São eles: São Cristóvão, Itabaiana, Laranjeiras, Pirambu, Itaporanga, General Maynard, Divina Pastora, Japaratuba, Propriá, São Francisco, Areia Branca, Cumbe, Siriri, Santa Rosa de Lima, Riachuelo, Maruim e Carmópolis. O despacho inicial apesentado pela juíza teve como base uma Ação Civil Pública (ACP)movida pela 10ª Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual (MPSE). Por meio de nota, o órgão estadual de fiscalização informou que a ação foi provocada pela própria Adema.
Grupo Estre – Em contraponto à decisão, a empresa Estre Ambiental – que recebe a coleta feita em todos os 43 bairros aracajuanos -, esclareceu que na última quinta-feira (09), já havia se manifestado contra a ACP ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Sergipe, ao suspender as licenças ambientais e atividades do Centro de Gerenciamento de Resíduos, localizado em Rosário do Catete, e a Unidade de Transbordo, localizada em Nossa Senhora do Socorro. Em comunicado, a Estre defendeu que o grupo empresarial: “sequer é parte no processo e os seus empreendimentos não compõem o objeto da ação, como foi expressamente ressalvado na referida decisão judicial.” Na segunda-feira (13), a empresa protocolou petição, informando a ilegitimidade das suspensões realizadas pela Adema.

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