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Mudança no Comando da Organização Mundial do Trabalho (OIT)
Publicado em 29 de janeiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
A Organização Mundial do Trabalho (OIT) iniciou o processo de seleção do novo Diretor Geral da entidade. Existem cinco candidatos na disputa pelo cargo, a saber: Gilbert Houngbo do Togo, Kang Kyung-wha da República da Coreia, Mthunzi Mdwaba da África do Sul, Greg Vines da Austrália e Muriel Pénicaud da França. O resultado do processo seletivo que possui várias etapas, sairá no dia 25 de março, sendo que o mandato do novo Diretor Geral terá início em 1º de outubro de 2022. Destaca-se que o atual Diretor Geral, Guy Ryder, do Reino Unido, ocupa o cargo desde 2012.
Adiante um resumo do perfil dos candidatos:
Gilbert Fossoun Houngbo (04/02/1961) Diplomata togolês que foi Primeiro Ministro do Togo de setembro de 2008 a julho de 2012. Trabalhou no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foi Vice Diretor Geral para operações de campo e parceria no Escritório Internacional do Trabalho e é Presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola desde 2017. Possui licenciatura avançada em Gestão de Empresas pela Universidade de Lomé, no Togo, possui Pós-Graduação em Contabilidade e Finanças pela Universidade de Quebec no Canadá.
Kang Kyung-wha (07/04/1955) Diplomata Sul Coreana que foi Primeira Ministra das Relações Exteriores da Coreia do Sul. Kang ocupou cargos importantes nas Nações Unidas (Alta Comissária Adjunta para os Direitos Humanos, Vice Coordenadora de Assistência de Emergência e Secretária Geral Adjunta do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários). Ela é Cientista Política e Diplomata pela Universidade Yonsei, Mestrado em Comunicação de Massa e Doutorado em Comunicação Intercultural pela Universidade de Massachusetts Amherst.
Mthunzi Perry-Mason Mdwaba Bacharel em Artes e Direito. É fundador e Presidente da Tzoro IBC empresa dedicada a soluções de treinamento técnico em informática. Foi Presidente de Organizações de Empregadores, foi Vice Presidente de organizações de profissionais de negócios na África do Sul. Possui experiência em cargos na OIT, a exemplo da Comissão Global sobre o Futuro do Trabalho. Atualmente é o Presidente da Signum Alliance (empresa de telecomunicações), Presidente da University of the Western Cape e Presidente da Productivity S/A (uma criação da Lei de Serviços de Emprego, subordinada ao Ministério do Trabalho da África do Sul).
Greg Vines – tem uma carreira distinta em relações trabalhistas na Austrália e internacionalmente. Ele é um especialista em negociações complexas ligadas à área do trabalho, tendo realizado reformas significativas na OIT. Ele é o atual Diretor Geral Adjunto da OIT para Gestão e Reforma. Ele possui 40 anos de experiência em questões trabalhistas, incluindo quase uma década como Vice Diretor Geral na OIT. É Bacharel em Direito e Administração e Mestrado em Direito.
Muriel Pénicaud (31/03/1955) foi Vice-Presidente Executiva responsável por Organização, Recursos Humanos e Desenvolvimento Sustentável e membro do Comitê Executivo da Dassault Systèmes, foi Vice Presidente Executiva responsável por Recursos Humanos do Grupo Danone. Foi Ministra do Trabalho na França, é Embaixadora e representante permanente da França na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desde 2020. Ela possui Bacharelado em História e Mestrado em Ciências da Educação pela Universidade de Paris, tem Pós-Graduação em Psicologia Clínica.
Pelo perfil apresentado por cada candidato, verifica-se que todos possuem competência e experiência para que possam conduzir a contento os destinos da OIT.
Para entendimento da importância do cargo, iremos abordar o que é a OIT e o seu papel no cenário mundial.
A OIT é a única agência ‘tripartite’ da ONU, e reúne governos, empregadores e trabalhadores de 187 estados membros para estabelecer normas trabalhistas, formular políticas e desenvolver programas que promovam o trabalho decente para todos, mulheres e homens.
A instituição foi criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, e refletia a convicção de que a justiça social é essencial para alcançar a paz universal e permanente.
A constituição da OIT à época, continha ideias já experimentadas na Associação Internacional para a Proteção Internacional dos Trabalhadores, fundada em Basileia em 1901. As ações em favor de uma organização internacional que tratasse das questões trabalhistas começaram no século XIX e foram lideradas por dois empresários, Robert Owen (1771-1853) do País de Gales e Daniel Legrand (1783-1859) da França.
Cabe registrar que a OIT fez contribuições importantes para o mundo do trabalho desde os seus primeiros dias. A primeira Conferência Internacional do Trabalho em Washington, em outubro de 1919, adotou seis Convenções Internacionais do Trabalho, que tratam de horas de trabalho na indústria, desemprego, proteção à maternidade, trabalho noturno para mulheres, idade mínima e trabalho noturno para mulheres.
Que o novo comando da OIT possa continuar a evolução das ações desenvolvidas pela entidade melhorando o mundo do trabalho.