Teo Santana e Fabiano Oliveira devem tudo ao povo sergipano.
Teo Santana não é Fabiano Oliveira
Publicado em 04 de fevereiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Os empresários Teo Santana e Fabiano Oliveira não têm nada de parecidos. E, no entanto, foram confundidos por esta página. Um e outro têm semblantes, estaturas, cortes de cabelo diferentes. Mas, em matéria de atuação no mercado de eventos local, convenhamos, são como dois irmãos: a cara de um, o focinho do outro.
Teo Santana está coberto de razão ao acusar a falta de atenção do jornalista que vos escreve. Em artigo publicado ontem, a fim de sublinhar a insanidade da Augustu’s Produções – capaz de convocar os chicleteiros de plantão na terrinha para brincar o carnaval, à revelia do calendário e da pandemia, ainda firme e forte -, eu acabei trocando nomes. O leitor me perdoe a falta de zelo com a heráldica. Mas o artigo justamente criticado também aborda outras questões, a exemplo do grau de letalidade da Covid-19. Estas, convenientemente, foram ignoradas pelo empresário.
Não, Teo Santana não tem relação profissional com a turma da Augustu’s Produções. Reafirme-se o óbvio: Téo Santana não é Fabiano Oliveira. Isso não me impede, entretanto, de expressar o espanto com a falta de responsabilidade coletiva, ora observada, de quem amealhou uma verdadeira fortuna prestando serviços ao Estado.
A nota divulgada por Teo Santana pode ser conferida aqui mesmo, no próprio Jornal do Dia, com todas as letras. O tom condescendente com que ele evoca as dificuldades enfrentadas por artistas e promotores de eventos, sob o pretexto de apoiar a realização do Bloquinho do Bell, não comove, nem convence ninguém.
Bell Marques não está entre os incontáveis artistas e profissionais do setor de eventos empobrecidos pela pandemia. Sentença idêntica se aplica aos empresários Téo Santana e Fabiano Oliveira. Diferente de quem se pendura no cartão de crédito todo fim de mês, estes possuem muita gordura para queimar, têm as burras abarrotadas, um belo pé de meia, comercializaram muito abadá, arrastaram pé no Forró Caju, enquanto enchiam os próprios bolsos. Em princípio, não há nada de errado em vender shows para os entes públicos. Mas há quem reclame com a barriga estufada.
Teo Santana deveria se envergonhar de reclamar para si e para seus semelhantes as dificuldades enfrentadas por quem toca uma madrugada inteira em troca de um cachê minguado. Não, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) não é o único ponto de intersecção de seu currículo com a trajetória milionária de Fabiano. Os dois ganharam muito dinheiro com a suposta alegria do povo. E têm a obrigação moral de retribuir a generosidade dos homens mais poderosos de Sergipe com um mínimo de empatia e responsabilidade.