Sargento da PM confessa que matou o mendigo em Propriá

Um sargento da Polícia Militar foi preso ontem e recolhido ao Presídio Militar de Aracaju (Presmil). Ele é apontado como suspeito de matar um morador de rua a tiros, em uma rua do centro de Propriá (Baixo São Francisco), na tarde do último domingo. O andarilho, cujo nome não foi revelado, foi encontrado morto na ocasião por feirantes da região, que viram o homem caído perto de uma barraca de frutas, com várias marcas de tiros no peito e nas costas.
O caso foi investigado pela Polícia Civil e remetido à Justiça, que decretou a prisão temporária do militar, com base em um parecer do Ministério Público. Levantamentos da própria Civil apontaram a identificação do militar como o autor dos disparos. Em depoimento, o sargento teria confessado o crime e alegado que a presença do morador de rua lhe incomodava muito e perturbava a vizinhança, e que por isso, descarregou toda a munição de sua pistola contra a vítima. Testemunhas negaram que o mendigo tivesse causado problemas a ele e afirmam que o mesmo costumava dormir na rua onde foi morto.
A ordem de prisão foi cumprida por agentes da Delegacia Regional de Propriá e oficiais do Comando do Policiamento Militar do Interior (CPMI), que levaram o sargento para Aracaju, no momento em que o suspeito se apresentava no 2º Batalhão da PM (2º BPM), em Propriá. O mandado tem duração de 30 dias, mas poderá ser prorrogado por mais 30 ou convertida em preventiva, a depender de uma nova decisão da Justiça.

Ciúmes – No fim da tarde desta sexta-feira, um rapaz de 28 anos foi assassinado dentro de uma loja na Rua Acre, bairro Siqueira Campos (zona oeste de Aracaju). Segundo as primeiras informações, Wandesson Leite dos Santos foi surpreendido por um homem armado que discutiu com ele, sacou uma arma e disparou vários tiros. Wandesson morreu na hora e o atirador, que era seu amigo de infância, foi contido por testemunhas até a chegada da Polícia Militar.
Já preso, o acusado alegou que cometeu o crime por ciúmes de sua ex-companheira e que ela vinha mantendo um relacionamento com o rapaz. A versão ainda será investigada pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil (DHPP).