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Evolução do comércio eletrônico


Publicado em 07 de maio de 2022
Por Jornal Do Dia Se


De acordo com informações da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD, 60% dos usuários da internet fazem compras online. E as compras on line vem evoluindo constantemente, tendo o aumento sido puxado por países em desenvolvimento como Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
A UNCTAD divulgou recentemente números indicando que a alta significativa da compra e venda pela internet se manteve mesmo após a pandemia. O comércio eletrônico, que disparou durante a pandemia, segue crescendo apesar do alívio das restrições em muitos países. Por conta disso, a UNCTAD realizou o eCommerce Week 2022 para debater o impacto da pandemia nas transformações digitais e como o comércio eletrônico e as tecnologias digitais podem contribuir para a recuperação pós-Covid.
Segundo a Unctad, a parcela média de internautas que fizeram compras online aumentou de 53% antes da pandemia, em 2019, para 60% após o início da crise, em 66 países com estatísticas disponíveis. A situação anterior à pandemia e a extensão do impulso às compras online variam entre os países. Além disso, muitas nações desenvolvidas já tinham níveis altos de comércio virtual antes da pandemia, acima de 50% dos usuários de internet, enquanto a maioria dos países em desenvolvimento tinha uma aceitação menor do comércio eletrônico de consumo.
De acordo com a agência da ONU, os maiores aumentos ocorreram em vários países em desenvolvimento. Nos Emirados Árabes Unidos, a parcela de internautas que fizeram compras online mais que dobrou, passando de 27% em 2019 para 63% em 2020. Já no Bahrein o número triplicou, chegando a 45% em 2020, e no Uzbequistão passou de 4% em 2018 para 11% em 2020; na Tailândia, que já tinha uma aceitação relativamente alta antes da pandemia, houve um aumento de 16% que significou que, pela primeira vez, mais da metade dos usuários da Internet fez compras online em 2020.
Entre os países desenvolvidos, os principais aumentos foram observados na Grécia, com 18%, Irlanda, Hungria e Romênia, 15% cada.
Dos 66 países estudados pela UNCTAD, as compras online continuam baixas em El Salvador com apenas 1% dos utilizadores de internet, Azerbaijão, 5%, Uzbequistão, 11% e Colômbia, 17%. Segundo a agência da ONU, uma razão para essas diferenças é que os países diferem muito em sua extensão de digitalização e, portanto, em sua capacidade de se voltar rapidamente para as tecnologias digitais para mitigar a crise econômica.
Segundo a UNCTAD, os países menos desenvolvidos precisam de apoio para adotar o comércio eletrônico, mas não estão representados nesta análise devido à falta de dados sobre o uso da Internet.
Estatísticas oficiais, disponíveis para sete países que juntos representam cerca de metade do Produto Interno Bruto, PIB, global, incluindo Estados Unidos e China, indicam que as vendas no varejo online aumentaram nesses países.
O número, que era de cerca de US$ 2 trilhões em 2019, saltou para cerca de US$ 2,5 trilhões em 2020, imediatamente antes da pandemia, e US$ 2,9 trilhões em 2021.
A China responde por mais da metade das vendas no varejo online nesses países e os Estados Unidos por mais 30%.
De acordo com a Unctad, a tendência de crescimento existente antes da pandemia foi acelerada em muitos desses países, especialmente aqueles em que uma parcela relativamente baixa das vendas no varejo ocorre online.
O estudo mostra que, em Cingapura, as vendas no varejo online em 2021 estavam se aproximando do triplo do nível de 2018. Canadá e Austrália também observaram aumentos elevados no mesmo período.
Nesses países, a Unctad aponta que, embora a interrupção e a incerteza econômica causadas pela pandemia tenham suprimido as vendas gerais no varejo em 2020, as vendas no varejo online cresceram à medida que as pessoas passaram a fazer compras pela internet.
Isso levou a um aumento acentuado na participação das vendas online no total de vendas no varejo, passando de 16% em 2019 para 19% em 2020. Esse nível foi mantido em 2021, apesar das vendas tradicionais terem voltado a subir.
As vendas online compreendem uma parcela muito maior do total de vendas no varejo na China, responsável por cerca de 25% em 2021, do que nos Estados Unidos, onde são cerca de um oitavo do total.
No Brasil a alta do comércio eletrônico foi de 48,41% na comparação de 2021 para 2020, conforme dados do índice MCC-ENET. O índice MCC-ENET é um indicador que faz um acompanhamento sistematizado da evolução dos preços do varejo online brasileiro.
Cabe destacar que este importante crescimento das vendas online no Brasil no ano de 2021, que acompanha a tendência mundial sinaliza uma mudança de hábito de consumo com maior confiança no e-commerce, especialmente no varejo.
Neste sentido, analisando-se os dados mais recentes do início de 2022 verifica-se a continuidade de evolução do comércio eletrônico, com destaque para a Região Nordeste, como a que vem apresentando o maior crescimento percentual nos dois primeiros meses de 2022 (24,67%), enquanto que a média nacional neste início de 2022 situa-se no patamar de 18,5%.
Destaco ainda as categorias mais vendidas no comércio varejista on line no primeiro mês de 2022, a saber: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (42,7%), móveis e eletrodomésticos (28,5%) e tecidos, vestuários e calçados (10,4%).
O comércio eletrônico é a nova realidade do mercado de consumo que continuará evoluindo e que deveremos compreender melhor.

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