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Índice Global de Inovação 2022


Publicado em 08 de outubro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Abordarei neste ensaio, algumas informações do relatório mais recente sobre inovação global, divulgado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). O relatório mostra que pesquisa e desenvolvimento e outros investimentos que impulsionam atividades inovadoras em todo o mundo continuaram a crescer em 2021, apesar da pandemia de COVID-19, mas estão surgindo desafios para traduzir investimentos em inovação em impacto.
Desde a sua criação em 2007, o Índice Global de Inovação moldou a agenda de medição da inovação e se tornou uma pedra angular da formulação de políticas econômicas, com um número crescente de governos analisando sistematicamente seus resultados anuais e projetando respostas políticas para melhorar seu desempenho.
O Índice é publicado anualmente e fornece medidas de desempenho e classifica 132 economias em seus ecossistemas de inovação. O Índice é construído em um rico conjunto de dados, com a coleção de 81 indicadores de fontes públicas e privadas internacionais, indo além das medidas tradicionais de inovação, uma vez que a definição de inovação se ampliou.
Esta é a 15ª edição do Índice Global de Inovação e nela, verifica-se que referido índice acompanha as tendências globais de inovação mais recentes no contexto de uma pandemia de COVID-19 em andamento, desacelerando o crescimento da produtividade e outros desafios em evolução. Ele revela as economias mais inovadoras do mundo, classificando o desempenho em inovação de cerca de 132 economias, destacando os pontos fortes e fracos da inovação.
Um destaque do relatório é a dúvida se estamos prestes a entrar em uma nova era, onde novas inovações surgem e se a era digital e a ciência de profundas ondas de inovação irão propiciar melhorias econômicas no mundo.
O Índice Global de Inovação constata que o crescimento da produtividade, normalmente estimulado pelo aumento da inovação, ficou estagnado. Também se verifica que o progresso tecnológico atual e a adoção de novas tecnologias mostram sinais de desaceleração do crescimento, apesar do recente florescimento dos gastos em pesquisa e desenvolvimento e investimentos de capital de risco.
O Diretor Geral da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), Daren Tang GII, entende que a inovação está em uma encruzilhada à medida que emergimos da pandemia. Ele lembra que os investimentos em inovação aumentaram em 2020 e 2021, porém, as perspectivas para 2022 são obscurecidas não apenas pelas incertezas globais, mas também pelo baixo desempenho contínuo da produtividade impulsionada pela inovação. Ele sugere que precisamos prestar mais atenção não apenas em investir em inovação, mas em como ela se traduz em impacto econômico e social.
O relatório aponta que os maiores investidores corporativos globais em pesquisa e desenvolvimento aumentaram seus gastos em quase 10%, para mais de US$ 900 bilhões em 2021, mais do que em 2019 antes da pandemia. Referido aumento foi impulsionado principalmente por quatro setores: hardware e equipamentos elétricos; serviços de software e informática; farmacêutica e biotecnologia; e construção e metais industriais.
Sobre os negócios de capital de risco verificou-se um crescimento de 46% em 2021, registrando níveis comparáveis aos anos de boom da Internet no final dos anos 90. As regiões da América Latina e Caribe e África apresentaram o maior crescimento de capital de risco. A perspectiva de Capital de Risco para 2022 é mais sóbria; o aperto das políticas monetárias e o efeito sobre o capital de risco levarão a uma desaceleração deste negócio.
Julgo positivo, o fato de que várias economias em desenvolvimento estão apresentando desempenho acima das expectativas em inovação em relação ao seu nível de desenvolvimento econômico, incluindo-se os recém-chegados Indonésia, Uzbequistão e Paquistão. Oito empresas com desempenho superior em inovação são da África Subsaariana, com Quênia, Ruanda e Moçambique na liderança. Na América Latina e no Caribe, Brasil, Peru e Jamaica apresentam desempenho superior em relação ao desenvolvimento.
O Brasil tem a 2ª posição na América Latina, ficando atrás do Chile, e a 54ª posição mundial entre as economias mais inovadoras, registre-se que a Suíça é a economia mais inovadora do mundo em 2022 e isto ocorre pelo 12º ano consecutivo, a sequência é a seguinte: 2º Estados Unidos, 3º Suécia, 4º Reino Unido e 5º Holanda. Cabe um destaque para a China que está se aproximando das 10 economias mais inovadoras do mundo.
Sobre a situação da inovação na América Latina e Caribe, o Chile na 50ª posição mundial é o único país latino-americano no top 50 e lidera a região da América Latina e Caribe, seguido pelo Brasil (54ª posição mundial) e na condição de recém-chegado ao top 3 da região, o 3º colocado é o México (58ª posição mundial).
Segundo o relatório global de inovação de 2022, o Chile está bem classificado em matrículas no ensino superior e em novos negócios; já o Brasil fez melhorias significativas nos resultados de inovação, notadamente em produtos criativos, como ativos intangíveis e criatividade online, bem como em registros de marcas e criação de aplicativos para dispositivos móveis e; o México lidera em indicadores como exportações de bens criativos, importações e exportações de alta tecnologia.
Que o Brasil continue avançando e evoluindo sua posição mundial em inovação, registrando de da edição de 2021 para 2022, subimos da 57ª posição para a 54ª posição e segundo Ministério da Ciência, Tecnologias e Inovações, isto reflete as medidas positivas que o Brasil vem tomando para melhorar seu ambiente de inovação, mesmo com muitos desafios a superar.

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