**PUBLICIDADE
Chegamos a 8 bilhões de pessoas
Publicado em 26 de novembro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
*Saumíneo Nascimento
A população mundial chegou a 8 bilhões de pessoas na semana passada, conforme divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), organismo da ONU.
Este marco de 8 bilhões de pessoas exige muitas reflexões sobre a nossa própria sustentabilidade. De acordo com a ONU, a população global levou 12 anos para crescer de sete para oito bilhões, mas chegará a nove bilhões em cerca de 15 anos, em 2037. A população mundial está projetada para atingir um pico de cerca de 10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e permanecer nesse nível até 2100.
De acordo com o UNFPA, levamos centenas de milhares de anos para a população mundial crescer para um bilhão, depois, em apenas mais de 200 anos, ela cresceu sete vezes. Foi em 2011, que a população global atingiu a marca de sete bilhões e, neste novembro de 2022, chegamos a oito bilhões de pessoas.
Esse crescimento foi impulsionado em grande parte pelo aumento do número de pessoas que sobreviveram até a idade reprodutiva e foi acompanhado por grandes mudanças nas taxas de fertilidade, aumento da urbanização e migração em grande escala. Essas tendências terão implicações de longo alcance para as próximas gerações.
Segundo o UNFPA, depois de meio século de queda de fertilidade, o crescimento populacional está diminuindo. Embora a fertilidade varie entre regiões e países, as taxas estão caindo em todos os lugares. E em alguns países, as populações estão diminuindo.
As regiões estão crescendo em taxas diferentes, mudando a distribuição geográfica da população mundial. Além disso, a expectativa de vida está aumentando globalmente, mas persistem enormes disparidades. A migração internacional está remodelando as populações. Em alguns países de baixa fertilidade, a imigração sustenta o crescimento populacional, enquanto em outros, a emigração agrava o declínio populacional.
De acordo com a Agência da ONU, entre 2022 e 2050, o aumento global da população com menos de 65 anos ocorrerá inteiramente em países de renda baixa e média-baixa, uma vez que o crescimento populacional em países de renda alta e média-alta ocorrerá apenas entre aqueles com 65 anos ou mais.
À medida que a fertilidade diminui e a expectativa de vida aumenta, verificamos um rápido envelhecimento da população global. E nesta sequência, verifica-se que as mulheres sobrevivem mais do que os homens.
A nossa população mundial foi impactada pela pandemia do Covid-19, com aumento da mortalidade. Para as regiões mais atingidas pela pandemia anterior de HIV/AIDS, apagou-se os ganhos duramente conquistados na expectativa de vida.
Mas temos o lado das questões positivas de chegarmos a 8 bilhões de habitantes, pois avançamos na ciência e nas melhorias em questões como nutrição, saúde pública e saneamento.
Os desafios existentes são enormes pois ainda estamos em evolução diante da existência de bilhões de pessoas em dificuldades, milhões enfrentando fome e números recordes de habitantes do planeta fugindo de seus lares em busca de ajuda. Estamos em uma era em que existe uma desaceleração do crescimento, menos filhos nas famílias, vidas mais longas, pessoas em movimento, populações envelhecidas, mulheres sobrevivendo aos homens, e pandemias globais.
A agência da ONU que trata da população, apontou que, à medida que as regiões crescem em ritmos diferentes, a distribuição geográfica da população global está mudando. Com isso, a partir deste ano, mais da metade da população mundial viverá na Ásia, com a Índia e a China representando a maior parte dos habitantes no leste e sudeste da Ásia, onde se concentram 2,3 bilhões de pessoas.
Como os países com os mais altos níveis de fecundidade tendem a ter a menor renda per capita, o crescimento da população global se concentrou nos países mais pobres do mundo. E isto é muito desafiante para todos!
De acordo com a ONU, o aumento populacional amplia o impacto ambiental do desenvolvimento econômico, com o aumento da renda per capita impulsionando a produção e o consumo insustentáveis. O ritmo de crescimento mais lento ao longo de décadas pode ajudar a mitigar os danos ambientais na segunda metade do século atual.
Neste Universo de 8 bilhões de pessoas, a população brasileira, segundo estimativas do IBGE é de aproximadamente 215.400 mil habitantes, então representamos aproximadamente 2,7% da população mundial e também temos os desafios de distribuir harmonicamente a população brasileira nas suas diferentes regiões geográficas. A distribuição etária da população brasileira é a seguinte: 0 a 14 anos – 20%, 15 a 64 anos – 70% e acima de 65 anos – 10%.
Indo ao nível do menor estado do país, Sergipe, a população estimada de é aproximadamente 2.400 mil habitantes, o que representa aproximadamente 1,1% da população brasileira e 0,03% da população mundial.
Estes dados populacionais e suas expectativas de taxas de crescimento, distribuição etária, distribuição geográfica são importantes para o planejamento de políticas públicas, bem como, para o planejamento do setor privado produtivo, nas perspectivas de entender as demandas de mercado que uma nova estrutura populacional necessita.
Que tenhamos capacidade de deixar legados de sustentabilidade para as gerações futuras, para os nossos descendentes e para que eles cuidem bem de nosso planeta.