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Assassinato de Genivaldo completou 12 meses


Publicado em 25 de maio de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Milton Alves Júnior

Há um ano, o estado de Sergipe se tornava assunto mundial em decorrência da abordagem realizada por três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município de Umbaúba, a qual resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, na época com 38 anos de idade. Presos desde o dia 14 de outubro do ano passado, Kleber Nascimento, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William Noia, seguem respondendo pelos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio triplamente qualificado. Em junho do ano passado, peritos do Instituto Médico Legal (IML) já apontavam asfixia e insuficiência respiratória como causas da morte. Durante as investigações sobre a morte, peritos da Polícia Federal atestaram que a concentração de monóxido de carbono foi pequena, enquanto o ácido sulfídrico foi maior, responsável por causar convulsões e incapacidade de respirar.
Abordado por conduzir uma motocicleta sem o devido uso do capacete, Genivaldo sofreu agressões que contribuíram para que apresentasse postura exaltada. O JORNAL DO DIA lembra ao leitor que, mesmo diante de dezenas de populares, inclusive de familiares da vítima, os agentes optaram por imobilizar Genivaldo, colocá-lo na sela da viatura, arremessar uma bomba de efeito moral, e, fechar a mala, transformando assim em uma câmara de gás. A vítima chegou a ser encaminhada para o setor de emergência do hospital de pequeno porte, Dr. José Nailson Moura, mas conforme registrado pela unidade de saúde, Genivaldo Santos já não apresentava mais sinais vitais. No dia 26 de maio de 2022, atos públicos começaram a acontecer em todo o país.
Enquanto em Sergipe os atos se concentravam nas mobilizações públicas – muitas delas realizadas em frente a sede da Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal -, na capital federal, Brasília, senadores que compunham a Comissão dos Direitos Humanos buscaram colaborar com as investigações, inclusive, participando de atividades no próprio município de Umbaúba, localizado na região Sul de Sergipe. Depois de quase um ano em silêncio absoluto – com exceção dos depoimento aprestados à Justiça Federal -, o advogado Rawlinson Ferraz, que acompanha Paulo Rodolpho Lima Nascimento, publicou no dia 04 deste mês uma carta produzida por seu cliente. Os demais agentes policiais detidos não seguem sem se manifestar oficialmente.
Laudos médicos confirmaram a alegação dos familiares, bem como no momento da abordagem a vítima portava uma cartela do referido medicamento no bolso. Em janeiro deste ano, o juiz Rafael Soares Souza, da 7º Vara Federal em Sergipe, determinou, que os três policiais rodoviários federais acusados fossem submetidos a júri popular. Até o momento não houve agendamento para esta audiência. Sobre a indenização solicitada pela família, no dia 03 de abril deste ano o Ministério Público Federal (MPF) concordou que a União seja condenada a pagar R$ 128 milhões em danos morais coletivos pela morte de Genivaldo de Jesus Santos.

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