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Edvaldo consegue impor o nome de Luiz Roberto na disputa pela PMA


Publicado em 13 de janeiro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Por imposição do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), o nome do secretário de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura do Estado, Luiz Roberto Dantas (PDT), vai se trans
formando no único do bloco governista na disputa pela Prefeitura de Aracaju nas eleições de outubro. Nos últimos dias, o governador Fábio Mitidieri (PSD) parece ter feito também essa opção e tratou de agir para evitar disputas no grupo.
O vereador Nitinho Vitale (PSD), que já havia recebido o apoio de 15 dos 24 vereadores de Aracaju na sua pré-candidatura a prefeito, está sendo acomodado pelo governador com uma vaga na Câmara Federal. Primeiro suplente, Nitinho vai assumir a vaga do deputado federal Fábio Reis (PSD), que será nomeado secretário-chefe da Representação de Sergipe em Brasília, posto até agora ocupado pelo seu irmão Sérgio, que ficará com a vaga do deputado estadual Jorginho Araújo, que reassumiu a chefia da Casa Civil do Estado.
A operação garante tranquilidade ao bloco na indicação de Luiz Roberto. A essa altura não há possibilidade do surgimento de outro nome e a convenção deverá representar apenas uma festa de homologação da candidatura, como já aconteceu na disputa estadual em 2022, quando Edvaldo e o conselheiro do TCE Ulices Andrade retiraram seus nomes em favor de Mitidieri.
O prefeito eleito vai receber uma prefeitura bem diferente da Edvaldo em 2017, após quatro anos de uma administração desastrada de João Alves Filho. Os servidores estavam com dois meses de salários atrasados, coleta de lixo suspensa, dívidas com prestadores de serviços, empreiteiros e fornecedores, e postos de saúde com atendimento precário.
Foi preciso um trabalho minucioso para a reconstrução e organização da cidade, com sucesso ao longo dos quatro anos, permitindo que chegasse na eleição estadual de 2018 em condições de participar como importante cabo eleitoral, permitindo a manutenção do grupo no poder. A reeleição em 2020 e aprovação pela população tanto do modelo de gestão quanto da forma de atuação pessoal do prefeito, levaram Edvaldo a condição de um dos candidatos favoritos à disputa da sucessão do governador Belivaldo Chagas em 2022.
Edvaldo liderava todas as pesquisas, era considerado um nome melhor, mas enfrentava dificuldades de articulação política principalmente entre as lideranças do interior. Não criou dificuldades para que o escolhido fosse Fábio Mitidieri (PSD), e se comportou muito bem em todo o processo eleitoral.
Durante a campanha, a ladainha entre os aliados é de que a liderança de Fábio seria tão grande que poderia liquidar o pleito logo no primeiro turno. O resultado foi bem diferente. Rogério Carvalho (PT) foi quem não venceu na primeira etapa e o segundo turno teve que ser realizado.
Desde que assumiu, Mitidieri vem tendo uma postura correta com Edvaldo, autorizando o prefeito a conduzir o processo de sua sucessão dentro do bloco governista. Diz que o escolhido por Edvaldo será o seu candidato. A postura em relação a Nitinho parece confirmar esse entendimento.
Edvaldo considera fundamental que o candidato escolhido seja alguém capaz de manter o Projeto de Cidade em implantação nos últimos oito anos, para evitar a interrupção do processo de modernização da capital, que tem sido aprovado pela população, apesar dos gargalos ainda existentes, principalmente nas áreas de transportes e manutenção da cidade nos períodos chuvosos. Após a eleição, Fábio e o próprio Edvado funcionariam como um núcleo para a garantia desse projeto.
Até meados do ano passado, o próprio Edvaldo tinha três nomes preferidos dentro do PDT, e retirados de quadros de suas mais recentes administrações: Além de Luiz Roberto, Waneska Barboza, a secretária de Saúde que conduziu com eficiência as ações de combate à pandemia da covid-19; e Jeferson Passos, o eterno secretário da Fazenda de Edvaldo, que conseguiu organizar e recuperar as finanças do município após a desastrada gestão de João Alves Filho.
Dos três, apenas Luiz Roberto já disputou uma eleição. No pleito passado alcançou 35 mil votos como candidato a deputado federal. Era o candidato de Edvaldo e a maioria dos votos saiu do eleitorado de Aracaju, mostrando que a participação na eleição geral foi apenas para facilitar a escolha do seu nome como candidato a prefeito.
Até as convenções, Luiz Roberto tem que continuar batendo pernas na periferia de Aracaju para evitar o surgimento de um nome alternativo dentro do grupo.
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