Domingo, 19 De Janeiro De 2025
       
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Publicado em 02 de março de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Reunião é a última cartada dos tios (Divulgação)

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
 
Sem força na ponta dos dedos para levantar as plateias com um bom solo de guitarra, como manda a cartilha do gênero, os Titãs dão uma última cartada mercadológica. Em lugar dos desaforos proferidos no auge, apostam agora na nostalgia. A reunião de todos os membros originais da banda, com passagem recente por Aracaju, certamente lhes rendeu uns bons trocados.
Os Titãs não são os mesmos desde o Acústico MTV (1997). Foi quando passaram a compor a trilha de novelas globais, às custas de baladinhas mais ou menos existencialistas, e deram as costas para os bichos escrotos da primeira hora. Para o público cativado nos anos da banda, este foi um tiro no pé, imperdoável.
Sangue novo não levanta defunto. Em passado recente, Beto Lee (guitarra) e Mario Fabre (bateria), dois músicos de mão cheia, fizeram o possível para dar um gás em cima do palco e assegurar alguma sobrevida ao núcleo original do conjunto, formado por Tony Belloto (guitarra), Branco Mello (voz e baixo) e Sérgio Britto (voz, teclado e baixo), mais Nando Reis e Arnaldo Antunes, os primeiros a cair fora da banda. Mas roqueiro velho é uma contradição em termos. Nesta seara, recomenda-se morrer aos 27, no ápice criativo. Ou se resignar à irrelevância e o anonimato.
Os Titãs não deveriam ter sobrevivido ao ‘Cabeça Dinossauro’ (1986). Õ BlésqBlom (1989), ‘Tudo ao mesmo tempo agora’ (1991) e Titanomaquia’ (1991) ainda renderam um caldo bem razoável. Depois disso, seduzidos por um êxito comercial dos mais duvidosos, a banda se despedaçou em queda livre, ladeira abaixo.
Hoje, a nostalgia e a oportunidade de adivinhar a própria juventude na silhueta balofa dos tios é a única razão para comparecer a um show dos Titãs. Eu mesmo, um jornalista nascido junto com a banda, no início dos anos 80, não vou perder a oportunidade.
 

Confira a programação do Projeto Verão:

2 de março (sábado)
Orla Pôr do Sol
10h às 11h30 – Jailson do Acordeon
11h30 às 13h – Forró Xoteado
13h às 14h30 – Donna Flora
14h30 às 16h – Mimi do Acordeon
16h às 17h30 – Bartira Fraga
17h30 às 19h – Zito Costa e Rafael – Os Reis da Vaquejada

Orla da Atalaia
20h00 – Pedro Lua
21h30 – Glória Groove
23h – Emicida
00h30 – Titãs
02h – MC Pardal

3 de março (domingo)
Orla Pôr do Sol
10h às 11h30 – Trio Piauí
11h30 às 13h – Scurinho Zabumbada
13h às 14h30 – Banda Fuzuê
14h30 às 16h – Forró XoteMania
16h às 17h30 – Danny Martins
17h30 às 19h – Balança Eu

Orla da Atalaia
17h – SandyAlê
18h30 – Jorge Aragão
20h – Pretinho da Serrinha
21h30 – Paralamas do Sucesso
23h – BaianaSystem

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