(Divulgação)
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Para todos
Publicado em 11 de maio de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Como promotores do destino Sergipe, alavancas do turismo, os grandes eventos do calendário sergipano resultam em fracasso rematado. Neste particular, o investimento realizado ao longo das últimas décadas deu em nada. Os dólares dos gringos não chegam aos nossos bolsos furados, simples assim.
O Forró Caju, por exemplo, nunca teve o condão de atrair um número realmente expressivo de visitantes. Trata-se de mero espetáculo. No bojo da festa, contudo, a Funcaju toma a liberdade de distribuir pelas esquinas da cidade. E enche os meus ouvidos (ver nesta página).
Esta página reclama a presença de forrozeiros nas esquinas há anos. Por via de regra, no entanto, a turma do arrasta pé só dá o ar da graça nos palcos mais acanhados. E olhe lá!
Sufocada pela lógica dos grandes eventos, a festa mais querida pelos sergipanos existe somente na memória dos mais velhos. Quando o Forró Caju transformou o São João em espetáculo – obra e graça do prefeito Jackson Barreto, há mais de 30 anos -, sanfona, triângulo e zabumba passaram a ser tratados com a condescendência devida às peças de museu. E, no entanto, uma vez reunidos, compõem o maior Power Trio do mundo!
Conto os dias para dar de cara com um trio pé de serra no meio da rua, sem mais nem menos, sem aviso, com a naturalidade de quem troca uma nota de R$ 2 por uma lata de amendoim cozido nos botecos do mercado. Até lá, a canção de Rogério, segundo a qual Sergipe é o país do forró,não passará de feliz inspiração, um verso bonito.