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Brasil negro


Publicado em 21 de setembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Apenas 35,6% (5.275) dos candidatos às Eleições Municipais de 2024 se declaram negros

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Não é fácil ser negro no Brasil, onde o racismo estrutural aprofunda desigualdades de todas as ordens. E a baixa representação política dessa população reflete tal quadro.

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Apenas 35,6% (5.275) dos candidatos às Eleições Municipais de 2024 se declaram negros. Esses candidatos estão presentes em 58% das disputas eleitorais das administrações municipais. Já os que se destacaram como brancos representam 63,6% (9.425) dos candidatos e estão presentes em 84% das disputas. Somente 1,3% dos Municípios têm algum candidato amarelo ou indígena. Os dados fazem parte da série de pesquisas temáticas da Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre as Eleições Municipais de 2024.

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O estudo apresenta a declaração de raça dos candidatos, suas características e a comparação com os estratos populacionais de raça. Enquanto a maioria dos candidatos se declararam brancos, o Censo Demográfico de 2022 revelou que a população autodeclarada como branca é de 43%. Já em relação aos candidatos negros, classificação do IBGE que abarca os pretos e pardos, enquanto o percentual de candidatos é de 36%, a representação da população é de 56%.

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A partir dos dados divulgados é possível inferir que racismo e desigualdade andam de mãos dadas, com reflexos previsíveis na realidade concreta da população. Não à toa, as taxas de homicídios são sempre mais altas entre a população negra.

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Maioria da população, os brasileiros negros e pardos só estão no topo das estatísticas que atestam nossa desigualdade histórica. Tanto morrem assassinados, como também são a maioria nas cadeias, onde apodrecem sem a menor chance de ressocialização, sob a custódia do Estado. Apenas dois exemplos que, infelizmente, constituem a regra para a população negra no Brasil.

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