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ATUALIDADE DO ALERTA DE LEONEL BRIZOLA


Publicado em 28 de novembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

 

Especialista em sacudir as conjunturas, certa feita o mordaz homem dos pampas gaúcho fez o alerta: “A política ama a traição, mas, abomina o traidor”.
Passados 46 dias do primeiro turno da eleição de Aracaju, sentada a poeira, sendo convidado, fui observar o clima no almoço de confraternização de Rogério com convidados.
Antes, uma pausa para lembrar o que disse João Guimarães Rosa em Grande Sertão Veredas. O correr da vida embrulha tudo; a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.
É disso que se deve falar e nisso que se deve pensar. Primeiro do homem de muita coragem Leonel Brizola, com o embrulho do correr da vida dizendo que houve muitas traições dentro e ao Partido dos Trabalhadores que ao longo dos 44 anos primou por fazer alianças de convivência e não de conveniência, errando algumas vezes, mas, nunca traindo aliados ou ideais.
A traição mais perniciosa, com redundância e tudo, foi a do então vice-presidente da República Michel Temer com a tal da ponte para o futuro, em conluio com a mídia corporativa, cujo resultado foi um golpe institucional para destruição de todo o acúmulo de acertos do governo da presidenta Dilma Rousseff.
Uma das narrativas mais perversas era de que o traidor havia sido escolhido pelo PT, negando que fora indicado pelo maior partido da coligação, para viabilizar uma governabilidade, o que não fez, já que, como traidor habita o latão de lixo da história abandonado até pela mulher.
Na literatura política é comum lê-se referências a sepulcros caiados que são também aos que traem, definidos como bonitos por fora, mas, por dentro cheios de ossos e de muita imundície.
Como lá em Caicó, berço da civilização pré-socrática, socrática, aristotélica e do primeiro teórico idealista Platão, há um conceito filosófico basilar extraído do interior dos sepulcros que resume tudo em uma frase que diz: “Qualquer quebra de osso, em qualquer esqueleto, será sempre uma fratura exposta.”
E tal fratura foi vista nos comportamentos de líderes importantes do Partido dos Trabalhadores com desdobramentos nos outros partidos da Federação Brasil da Esperança, com relação à fidelidade exigida com a chapa pura do PT na disputa pela Prefeitura de Aracaju, neste ano de 2024 da graça de nosso senhor Jesus Cristo.
Porém, recorrendo ao consagrado escritor, ator e teatrólogo Plínio Marcos autor de Navalha na Carne e Dois Perdidos numa Noite Suja que sabiamente completava; sempre tem um, porém; se o feitiço não caiu por cima dos feiticeiros, tão pouco chegou perto dos alvos direcionados.
Fato é que, na sapiência dos boêmios, apreciadores da deusa Cerva Gelada há um conceito filosófico de tempos longínquos onde se diz que quem sabe se uma cerveja é boa não é o mestre cervejeiro que a faz: é o apreciador que a bebe.
Por isso, se atitudes equivocadas foram tomadas, movidas por sentimentos menores; não surtiram os efeitos desejados e, pelo contrário, deixaram os alvos, muito fortalecidos.
Na Física Ótica há um postulado que diz: “O objeto é o corpo que reflete a luz e o observador é pessoa que enxerga a luz refletida”.
Como observador, fui ver a luz refletida no objeto Rogério Carvalho e o que vi segunda-feira em uma reunião almoço no restaurante Potiguar, comida típica de Caicó, considero muito promissor para as jornadas em curso. Não pela quantidade de participantes, que foi grande, ou pela representatividade, muito boa.
Foi pela amostragem, pois quem nasce no Sertão de Guimarães, de menino, sabe ler os sinais dados por alguns animais que lá habitam de quando vem chuva ou permanece a seca.
É aí, que duas referencias ganham destaques: o surgimento repentino das formigas de asa e a presença ou não, de ninhos de aves nos leitos secos dos riachos.
Quando o sertanejo, de uma hora para outra, se defronta com tais fenômenos, descarta qualquer meteorologista para diagnosticar o ano que vem e o próximo. E o que ficou claro no concorrido almoço de confraternização com as presenças de formigas de asas das mais experientes é que tende a chover, chuvas fortes nos roçados do anfitrião, com prenúncios de bons invernos para 2025 e 2026, com as bênçãos de Deus, que ajuda a quem cedo madruga.

 

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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