CUT funda Coletivo em Defesa das Estatais, Empresas Públicas e seus Trabalhadores
Publicado em 29 de novembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
A soberania, o desenvolvimento econômico e social do Brasil e a garantia de direitos à população dependem das empresas públicas e estatais. Consequentemente, as trabalhadoras e trabalhadores dessas organizações estão na linha de frente de um projeto de país que passou por drásticas mudanças na última década. Para debater as necessidades do segmento, a CUT reuniu em Brasília, nessa terça e quarta-feira (26 e 27/11), representantes do segmento de diversas regiões do país.
“Foram dois dias de debate muito rico, que culminou no nascimento do Fórum dos Trabalhadores das Estatais e Empresas Públicas. O encontro resultou no Manifesto que foi entregue aos representantes do governo. A CUT é uma central muito combativa, mas também é propositiva, e agora não é diferente”, afirmou o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.
Construído com a participação da Central e mais de 40 entidades, entre Confederações, Federações, Sindicatos Nacionais e regionais, o documento foi entregue ao secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), Jose Lopez Feijóo.
O manifesto e aborda a situação dos servidores públicos das estatais, a CGPAR 52, as negociações coletivas, greves, prejuízos das categorias nos últimos anos, entre outros pontos. As trabalhadoras e trabalhadores exigem valorização, direitos e garantias contra a privatização das empresas, bem como políticas para o fortalecimento dessas instituições, tão caras para todo o povo brasileiro.
Para Feijóo, os últimos anos impuseram perdas brutais aos trabalhadores e ao Estado brasileiro, que “estava sendo preparado para ser absolutamente destruído”, segundo ele.
“O Estado era visto como desnecessário quando sabemos que ele cumpre um papel civilizatório. Quando não tem Estado, prevalece a Lei do mais forte”, afirmou Feijóo. “Os movimentos sociais e o movimento sindical foram atacados justamente por serem pilares da democracia”, segundo ele.
Feijóo falou ainda das dificuldades de reconstruir aquilo que foi destruído nos últimos governos e do importante papel da classe trabalhadora nas críticas e sugestões ao governo para viabilizar essa reconstrução.
Além do secretário de Relações de Trabalho, o secretário Adjunto do MGI, Adauto Modesto, também recebeu o Manifesto diretamente das mãos das trabalhadoras e dos trabalhadores.
Mais de 80 sindicalistas, representando 44 organizações participaram ativamente do Encontro das Entidades Representativas de Trabalhadores e Trabalhadoras das Estatais e Empresas Públicas em Brasília.