Quarta, 25 De Dezembro De 2024
       
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A galeria e a sergipanidade


Publicado em 05 de dezembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


O verde vivo das telas de J Inácio (Divulgação)

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
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Vá entender o que se passa na cabeça de certos gestores… Anos atrás, alguém teve a ideia infeliz de transformar o corredor de uma repartição estadual em espaço de exposições. Desde então, por razões estranhas ao exercício do próprio ofício, dezenas de artistas foram constrangidos a fingir que o prédio da extinta Secult abrigava uma galeria.
Nada mais falso. A verdadeira galeria de artes sob a responsabilidade do governo de Sergipe está localizada em um prédio moderno, a Biblioteca Pública Epiphanio Dória. Passou anos inativa, até ser mais uma vez inaugurada com pompa e circunstância. Depois foi transferida para o pavimento superior do mesmo prédio. Porém, sem a necessária adequação do espaço. Somente  após um longo período de sub utilização, a Galeria de Artes J Inácio mereceu o devido investimento, a fim de promover a sensibilidade nativa com tudo a que artistas e eventuais visitantes têm direito, fazendo justiça, finalmente, ao verde vivo nas telas de de J Inácio.
Antes tarde do que nunca. É sabido que a invenção da tal sergipanidade ainda está para se converter em um laço afetivo entre a população e os valores da aldeia. Também é notável que os sergipanos relutam a mirar o espelho. Espaços como uma galeria de artes devidamente equipada são, no entanto, fundamentais para o reconhecimento das feições de um povo. Tudo o mais é consequência.
Recebo convite para uma mostra coletiva, reunindo macacos velhos e jovens artistas do cenário local, a fim de celebrar os 43 anos da galeria de artes J Inácio. Recebo o convite e me alegro, como um bom sergipanos que sou.
A mim, pouco me importa o ufanismo das peças publicitárias, nos quais a ideia vaga de povo se presta à promoção de projetos poder diversos – nem sempre breves, mas invariavelmente passageiros. Neste particular, estou com Cecília Meireles, em seu desprezo radical pelos motivos alegados por uns e outros: A canção é tudo. E ponto final.
Exposição: Vamos celebrar a galeria
10 de dezembro, às 19 horas.
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Capa do dia
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