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Polícia assassina


Publicado em 06 de dezembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


O Brasil registrou 6.393 mortes por intervenções policiais em 2023, o que significa 3,1 mortes por 100 mil habitantes

 

Os meios de comunicação do sul maravilha, a mídia hegemônica, finalmente se deram conta dos abusos cometidos pelos homens de farda. A grande repercussão do recrudescimento da Polícia Militar em São Paulo chama atenção. Em verdade, no entanto, a violência é a mesma em todo o país.

Em Sergipe, por exemplo, não é diferente. A execução de um jovem negro, um trabalhador com mulher e filho recém nascido, executado por policiais em serviço ao deixar uma loja de conveniência no bairro Coroa do Meio, ainda precisa ser esclarecido. Desde já, no entanto, é possível lamentar a pontaria do braço armado do Estado, sempre voltada para a população pobre e negra.

Ithalo dos Santos Nascimento, 25 anos, foi morto por policiais do Grupamento Especial Tático de Motos (Getam) na noite dessa segunda-feira. No Boletim de Ocorrência, os policiais informam que abasteciam as motos, quando o jovem teria simulado a intenção de sacar uma arma e foi alvejado.

O Brasil registrou 6.393 mortes por intervenções policiais em 2023, o que significa 3,1 mortes por 100 mil habitantes. Itabaiana, na região agreste de Sergipe, aliás, é a quinta cidade do Brasil com maior taxa de letalidade policial – 28 mortes por 100 mil habitantes. No município sergipano 63% das mortes violentas se devem à ação de policiais.

Os números são do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Embora os dados nem sempre estejam à mão, contudo, a letalidade policial é uma realidade conhecida do populacho em qualquer lugar do Brasil – especialmente entre os pretos e pobres. Para estes, policial fardado e bandido são dois lados da mesma moeda, farinha do mesmo saco, tudo igual.

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