Glória vã

Acho graça dos vaidosos. Uma vez condecorados, eles acreditam piamente na autoridade atestada em pedaços de papel, cheios de si mesmos, plenamente realizados.

O deputado federal Rodrigo Valadares ganhou uma medalha de lata da conselheira Susana Azevedo, presidente do Tribunal de Contas do Estado. A honraria, alega-se, reconhece o esforço realizado para promover a Justiça, o progresso e o bem-estar social.

Alguém poderia questionar como o mandato de Rodrigo Valadares, para quem a divulgação de Fake News está resguardada pela liberdade de expressão, promove a Justiça, o progresso e o bem-estar social. Eu não. Ao invés de levar notícia tão sem cabimento a sério, arreganho a boca em sonora gargalhada.

Rodrigo Valadares, convém lembrar ao TCE/SE, faz de tudo para livrar a pele da horda golpista que atentou contra a Democracia brasileira. Pau mandado do bando bolsonarista, o deputado defende a impunidade, abertamente.

Não é raro encontrar quem ostente coroas de cartolina e lauréis de encomenda, como faz agora Rodrigo Valadares, por meio de sua assessoria de imprensa. Há um vasto mercado para o comércio egoico de diplomas no atacado. Um produtor cultural em atividade na terrinha é conhecido por oferecer prêmios a torto e direito. Todo mundo sabe da natureza vã de tal galardão. Os homenageados pagam o preço cobrado para receber a distinção e depois fazem piada.

Segundo o ex-governador Jackson Barreto, o TCE/SE atua como um Tribunal de Faz de Conta. E o colar no pescoço do deputado Rodrigo Valadares  reafirma a triste impressão.