Celulares, cartões e documentos apreendidos durante a operação (Divulgação/SSP
Polícia desarticula associação criminosa que aplicou centenas de Golpes em Sergipe
Publicado em 13 de dezembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
A Delegacia Regional de Itabaiana, por meio da Divisão de Repressão a Crimes Patrimoniais (Depatri), concluiu nesta semana a Operação Depósito a Conferir” e desarticulou uma associação criminosa altamente organizada, responsável por aplicar golpes que somam mais de meio milhão de reais de prejuízo. O suposto líder do grupo foi localizado na cidade de Itabaiana.
Durante a operação, foram cumpridos nove mandados judiciais, incluindo mandados de prisões preventivas, buscas e apreensões, internação de adolescente, medidas cautelares diversas da prisão, além de bloqueios judiciais, resultando na recuperação de ativos destinados a reparar os prejuízos sofridos pelas vítimas.
A investigação que desencadeou na “Operação Depósito a Conferir” constatou que o grupo fez vítimas em todo o Estado de Sergipe e tinha como principal autor um homem residente na cidade de Itabaiana, sendo os demais integrantes moradores dos municípios de Aracaju e Campo do Brito.
O inquérito policial mostrou que eles utilizavam comprovantes falsos de pagamento, gerados a partir de depósitos de envelopes vazios, e identidades fictícias, para enganar centenas de pessoas, especialmente em negociações de veículos e bens de alto valor. Até o momento, 43 boletins de ocorrência foram confirmados, mas as investigações indicam que o número de vítimas ultrapassa 100, com perdas estimadas em R$ 544 mil.
A investigação contou com o apoio de diferentes órgãos, incluindo a Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LABLD), o 3º Batalhão da Polícia Militar e a Guarda Municipal de Itabaiana.
A operação garantiu o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de veículos e imóveis pertencentes aos envolvidos. Esses ativos serão utilizados para ressarcir as vítimas dos golpes.
Líderes presos – Os principais alvos da operação foram presos preventivamente. O homem apontado como o líder do esquema criminoso utilizava plataformas digitais para fraudar negociações e contava com a ajuda de um comparsa, que transportava e revendia os bens adquiridos de forma ilícita, e de um terceiro suspeito, responsável por ocultar os produtos em locais estratégicos.
As investigações revelaram que o grupo utilizava-se de diversos aparelhos celulares para articular os crimes, alternando entre dezenas de chips para dificultar a rastreabilidade. A preferência por veículos e itens de alto valor evidenciou o planejamento sofisticado das ações, que resultaram em um impacto expressivo na comunidade local.
Dentro da operação, uma mulher foi detida e teve sua liberdade restrita por monitoração eletrônica. Segundo levantamento policial, ela teria contribuído para a lavagem de dinheiro, ao registrar bens em seu nome e simular vínculos empregatícios com o líder do grupo, objetivando ocultar e dissimular a origem dos recursos ilícitos.