EDITORIAL: Sem caça às bruxas

O princípio da impessoalidade e da transparência na utilização dos recursos públicos é um dos pilares fundamentais da República. Assim, quando um prefeito no exercício do cargo realiza qualquer espécie de investimento, tem de levar o bem comum em consideração, antes de qualquer projeto pessoal.

É fundamental esclarecer qual é a verdadeira situação financeira da Prefeitura de Aracaju. Em início de mandato, a prefeita Emília Corrêa afirma que o cenário é de terra arrasada. Edvaldo Nogueira, o seu predecessor no comando da capital sergipana, alega ter deixado a prefeitura com todas as contas em dia e dinheiro no caixa para garantir o andamento das obras em execução.

Ontem, a prefeita Emília Corrêa, a secretária de Saúde, Débora Leite, e o controlador-geral do município, Paulo Márcio Cruz, anunciaram a instauração de uma auditoria no contrato da empresa gestora da Maternidade Lourdes Nogueira, o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), contratada pelo então prefeito Edvaldo Nogueira.

A prefeita faz bem. Somente uma auditoria séria e independente, sem compromisso de caça às bruxas, será capaz de dar fim ao bate-boca entre as partes aqui mencionadas, produzindo um diagnóstico preciso, sem revanchismo, sem máculas de politicagem.