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A Agenda ESG


Publicado em 17 de setembro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Está cada vez mais sendo exigido nas empresas a aplicação da Agenda ESG (Environmental, Social and Governance ou, em português: Ambiental, Social e Governança), esta agenda ganhou importância e destaque em todas as áreas.
Cabe ressaltar que as organizações de todos os setores da sociedade estão passando por transformações e repensando seus propósitos. Neste sentido, conhecer e entender a Agenda ESG é fundamental para construção de um futuro melhor.
Em minha opinião, a Agenda ESG passa a ser mais emergente depois do que foi divulgado recentemente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apontando que estamos a viver tempos incertos. É uma questão que não pode ser deslocada da realidade é que a pandemia da Covid-19, agora no seu terceiro ano, continua a produzir novas variantes. Além disso, a guerra na Ucrânia ecoa em todo o globo, causando um sofrimento humano imenso, incluindo uma crise de custo de vida.
Os dados apresentados no Relatório do PNUD também abordam que as catástrofes climáticas e ecológicas são uma ameaça diária. Adicionalmente, registra-se que os níveis de incerteza estão a aumentar e a interagir para perturbar as nossas vidas de forma sem precedentes. A humanidade já enfrentou vários tipos de doenças, guerras e disrupções ambientais no passado. Mas, na visão do PNUD, a confluência das desestabilizadoras pressões planetárias com o crescimento das desigualdades, as profundas transformações sociais para aliviar essas pressões e a polarização generalizada apresentam fontes novas, complexas e interativas de incerteza para o mundo e para todos os que o habitam.
É neste cenário que entendo que a aplicação da Agenda ESG na sociedade é fundamental, iniciando pelas escolas, universidades, empresas e a mídia de uma forma geral.
Atualmente, há um interesse crescente dos mercados e serviços financeiros e de capitais em saber como as empresas relatam o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente e os desafios ambientais, sociais e de governança mais amplos aos quais os modelos de negócios da organização devem responder. Esta é mais uma justificativa para ampliarmos e divulgarmos os conceitos e significados da Agenda ESG.
A Agenda ESG é mais que um movimento de atributos de sustentabilidade e ela está inserida em uma agenda internacional, e para isso posso citar como referências o Acordo de Paris (2016) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (2015).
O Acordo de Paris é um tratado mundial que possui um único objetivo: reduzir o aquecimento global. Ele foi discutido entre 195 países durante a COP21, em Paris. Trata-se de um compromisso internacional que foi aprovado em 12 de dezembro de 2015 e entrou em vigor oficialmente no dia 4 de novembro de 2016.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU são um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. A perspectiva é a de que os objetivos possam ser alcançados até 2020.
Ainda citando a arena internacional, citarei três exemplos: União Europeia, Estados Unidos e Austrália. A União Europeia tem buscado exercer um papel de liderança internacional quanto à temática de finanças sustentáveis e a observância e relato de fatores ESG por empresas operando no mercado europeu. Nos Estados Unidos, existe uma caminhada firme em direção a uma maior regulação do relato de fatores ESG e a necessidade genérica de que empresas listadas publiquem informações consideradas materiais aos investidores. E na Austrália existe uma busca de aprimoramento do seu mercado para responder a uma pressão cada vez maior de investidores por produtos e informações que toquem em fatores ESG, tendo em vista que, naquele país, os relatórios ESG são opcionais. No campo regulatório, questões relacionadas a fatores ESG são tratadas de maneira fragmentada em uma ampla variedade de leis da Commonwealth. O Commonwealth Corporations Act 2001, ou Lei das Sociedades, é a principal peça legislativa que regula as empresas australianas e estabelece uma estrutura geral para sua governança.
A minha opinião é de que para tratar do tema ESG, as empresas deverão realizar um planejamento estratégico corporativo, contando com benchmarking de empresas do mesmo setor e que estejam mais avançadas na temática. Adicionalmente é necessário o envolvimento dos públicos internos e externos da empresa para uma construção coletiva da Agenda ESG empresarial.
O passo seguinte seria a construção anual de um relatório de sustentabilidade que pudesse demonstrar as ações da empresa, a exemplo de: a atuação da empresa na responsabilidade social e ambiental, o sistema de gestão ambiental da empresa, as ações da empresa com a acessibilidade, a busca da aplicação de conceitos de diversidade e a estratégia de sustentabilidade.
Conforme apontado pelo último relatório do PNUD, teremos que aprender a viver com o atual complexo de incerteza, tal como temos de aprender a viver com a Covid-19 e para isso, a sinalização é a de que temos o desafio de ambicionar mais do que um mero ajuste no modo de vida, mas também de libertar o nosso potencial humano, explorar a nossa criatividade e diversidade, ancoradas na confiança e solidariedade, e é neste cenário que entendo ser fundamental que a Agenda ESG faça parte do cotidiano das empresas, do sistema educacional e da mídia com o seu poder de divulgação, para que possamos alcançar um futuro de prosperidade.

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