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A ameaça do AI-5


Publicado em 27 de novembro de 2019
Por Jornal Do Dia


 

Países da América Latina como Chile, Co-
lômbia, Equador e Bolívia estão explo-
dindo por diversos motivos. A política neoliberal dos seus presidentes acabou levando o povo a ir para as ruas protestar e, consequentemente, a ser reprimido com ataques violentos da polícia e até do exército.
No Chile, por exemplo, as manifestações começaram em outubro passado por conta do aumento no preço das tarifas no metro de Santiago. Um milhão de chilenos chegou a ir às ruas protestar. Os protestos resultaram em 23 mortos, cerca de 2 mil feridos e mais de 1.700 detidos, mediante uma grande repressão policial, que, inclusive, levou o exército as ruas, o que aconteceu pela primeira vez desde o regime do ditador sangrento Augusto Pinochet.
Receoso que esses conflitos na América Latina cheguem ao Brasil, o presidente Jair Bolsonaro desistiu de encaminhar para o Congresso Nacional, neste final de ano, várias medidas que poderiam gerar grandes protestos contra o seu governo. Uma delas é a reforma administrativa, que é um mega-pacote de arrocho econômico que poderá cortar em 25% o salário de servidores públicos, acabar com os gastos obrigatórios em Saúde e Educação e suspender o aumento real do salário mínimo.
Esse receio de Bolsonaro, que está todo comedido – o que não lhe é peculiar – deve ter aumentado com a liberdade do ex-presidente Lula (PT), que já disse que o povo brasileiro deve resistir à escalada da direita como tem acontecido no Chile.  E com as declarações da presi dente na cional do PT, Gleisi Hoffmann, após ser reeleita no final de semana, que as manifestações vistas no Chile e em outros países da América Latina vão chegar ao Brasil e pediu que o PT se preparasse para ajudar a conduzir esse movimento.
Preferindo intimidar o povo brasileiro, o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaçam com um AI-5. Eduardo chegou a declarar que "se a esquerda radicalizar, uma das respostas do governo poderá ser via um novo AI-5".  E agora é Paulo Guedes quem defende o AI-5 se a convulsão social e institucional em países da América Latina chegar ao Brasil. Disse essa asneira na segunda-feira, durante entrevista coletiva em Washington.
Com se sabe, o AI-5 foi o mais duro ato institucional da ditadura militar por instituir a censura, a perseguição e a tortura de quem se opunha ao regime, o que resultou em 434 mortes reconhecidas no país. Houve, inclusive, o fechamento do Congresso Nacional.
Se o governo Bolsonaro está tão preocupado com a probabilidade de se repetir, no Brasil, o que aconteceu no Chile, com protestos em massa obrigando o presidente a ceder a reivindicações radicais, deveria analisar com mais cuidado o exemplo do Chile.
Os protestos naquele país começaram como resposta a um aumento no preço do transporte público na capital. A repressão foi tão violenta, porém, que outros setores se rebelaram e aderiram ao movimento de rua. Na Colômbia, ocorreu algo semelhante: em vez de dissuadir, as medidas de repressão intensificaram a ira popular.
Em nenhum dos dois países, é claro, houve a institucionalização da opressão política, como seria um AI-5. O fato é que sociedades democráticas como a chilena, a colombiana e a brasileira não aceitam mais se curvar a esse tipo de autoritarismo…
Em Sergipe, com certeza, um dos primeiros a voltar às ruas para defender a democracia pela sua história política será o ex-governador Jackson Barreto (MDB). Ele, inclusive, já disse isso à coluna.

Países da América Latina como Chile, Co- lômbia, Equador e Bolívia estão explo- dindo por diversos motivos. A política neoliberal dos seus presidentes acabou levando o povo a ir para as ruas protestar e, consequentemente, a ser reprimido com ataques violentos da polícia e até do exército.
No Chile, por exemplo, as manifestações começaram em outubro passado por conta do aumento no preço das tarifas no metro de Santiago. Um milhão de chilenos chegou a ir às ruas protestar. Os protestos resultaram em 23 mortos, cerca de 2 mil feridos e mais de 1.700 detidos, mediante uma grande repressão policial, que, inclusive, levou o exército as ruas, o que aconteceu pela primeira vez desde o regime do ditador sangrento Augusto Pinochet.
Receoso que esses conflitos na América Latina cheguem ao Brasil, o presidente Jair Bolsonaro desistiu de encaminhar para o Congresso Nacional, neste final de ano, várias medidas que poderiam gerar grandes protestos contra o seu governo. Uma delas é a reforma administrativa, que é um mega-pacote de arrocho econômico que poderá cortar em 25% o salário de servidores públicos, acabar com os gastos obrigatórios em Saúde e Educação e suspender o aumento real do salário mínimo.
Esse receio de Bolsonaro, que está todo comedido – o que não lhe é peculiar – deve ter aumentado com a liberdade do ex-presidente Lula (PT), que já disse que o povo brasileiro deve resistir à escalada da direita como tem acontecido no Chile.  E com as declarações da presi dente na cional do PT, Gleisi Hoffmann, após ser reeleita no final de semana, que as manifestações vistas no Chile e em outros países da América Latina vão chegar ao Brasil e pediu que o PT se preparasse para ajudar a conduzir esse movimento.
Preferindo intimidar o povo brasileiro, o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaçam com um AI-5. Eduardo chegou a declarar que "se a esquerda radicalizar, uma das respostas do governo poderá ser via um novo AI-5".  E agora é Paulo Guedes quem defende o AI-5 se a convulsão social e institucional em países da América Latina chegar ao Brasil. Disse essa asneira na segunda-feira, durante entrevista coletiva em Washington.
Com se sabe, o AI-5 foi o mais duro ato institucional da ditadura militar por instituir a censura, a perseguição e a tortura de quem se opunha ao regime, o que resultou em 434 mortes reconhecidas no país. Houve, inclusive, o fechamento do Congresso Nacional.
Se o governo Bolsonaro está tão preocupado com a probabilidade de se repetir, no Brasil, o que aconteceu no Chile, com protestos em massa obrigando o presidente a ceder a reivindicações radicais, deveria analisar com mais cuidado o exemplo do Chile.
Os protestos naquele país começaram como resposta a um aumento no preço do transporte público na capital. A repressão foi tão violenta, porém, que outros setores se rebelaram e aderiram ao movimento de rua. Na Colômbia, ocorreu algo semelhante: em vez de dissuadir, as medidas de repressão intensificaram a ira popular.
Em nenhum dos dois países, é claro, houve a institucionalização da opressão política, como seria um AI-5. O fato é que sociedades democráticas como a chilena, a colombiana e a brasileira não aceitam mais se curvar a esse tipo de autoritarismo…
Em Sergipe, com certeza, um dos primeiros a voltar às ruas para defender a democracia pela sua história política será o ex-governador Jackson Barreto (MDB). Ele, inclusive, já disse isso à coluna.

Contra o AI-5 1

Ontem, durante discurso na Câmara, o deputado federal João Daniel (PT/SE) falou da preocupação com as frequentes ameaças à democracia pelos que fazem o governo Bolsonaro. Se referiu as últimas declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a população não se assustasse se alguém pedir um AI-5 . E citou ainda Eduardo Bolsonaro, por pensar do mesmo jeito.

Contra o AI-5 2

Para João Daniel, eles propõem essas medidas porque até o momento todas as propostas apresentadas pelo governo não resolveram os problemas do povo brasileiro. Segundo o deputado, a economia só piora, a venda das estatais está ocorrendo e nada melhora no país.

Contra o AI-5 3

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) também se pronunciou sobre as declarações do ministro. "Para tirar o foco da tragédia econômica em que está o nosso Brasil, Paulo Guedes vem com a pérola de falar em AI-5. Este foi um período tão duro da nossa história que tocar neste assunto se torna uma ofensa à democracia e ao país. Chega de brincadeira!".

Contra o AI-5 4

Prossegue Rogério: "Chega de ameaças à democracia no Brasil! É uma ciranda do AI-5: é o AI-5 do Eduardo Bolsonaro, do general Heleno, é o AI-5 do Guedes, e eu não vejo o Congresso Nacional se movimentar. AI-5 significa fechar o Congresso fecha o STF, é acabar com a democracia!"

Contra o AI-5 5

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), também reagiram ontem à declaração do ministro da economia. "O AI-5 é incompatível com a democracia. Não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado", afirmou Toffoli, em Maceió (AL).  

Contra o AI-5 6

Já Maia disse que o uso recorrente dessas ameaças por integrantes da gestão de Jair Bolsonaro gera insegurança sobre o intuito do governo. "Tem que tomar cuidado, porque se está usando um argumento que não faz sentido do ponto de vista do discurso, e como não faz sentido, acaba gerando insegurança em todos nós sobre qual é o intuito por trás da utilização de forma recorrente dessa palavra."

O comentário

Na coluna da edição do sábado, dia 23 de novembro, foi comentado a quantidade de obras que o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) realiza em Aracaju, sendo 13 mostradas à imprensa na sexta-feira passada com investimento de quase R$ 100 milhões. Foi enfatizado que nesse momento de crise econômica o prefeito se destaca pelas obras, por pagar aos servidores públicos, aposentados e pensionistas dentro do mês, e não deixar de pagar aos credores.

Feito o registro 1

Por conta desse comentário, o ex-senador Valadares (PSB) encaminhou o seguinte whatsApp para a coluna: "Poucos dias antes da eleição de 2016, quando a disputa pela prefeitura estava indefinida, apresentei uma emenda impositiva à bancada federal, ainda como coordenador, em favor de Aracaju  para pavimentação e drenagem dos bairros periféricos, no valor de R$ 124 milhões, aprovada inicialmente por 6×5, mas que na ata todos assinaram sem restrições. Eu pergunto: onde está esse dinheiro, já que pelas informações que tenho os recursos já foram liberados? Ou será que propositadamente Edvaldo esconde a origem porque tem um Valadar es na in iciativa? Quantos desses bairros foram beneficiados com essa emenda? Ele falou a procedência dos recursos?".

Feito o registro 2

Finaliza o senador: "Para complementar tenho recebido informações que várias dessas obras estão paralisadas. Por causa disso Valadares Filho está agendando uma visita a esses bairros e eu estarei acompanhando-o. Abraços ACV".

Discutindo a ponte

O governador Belivaldo Chagas (PSD) recebeu ontem, no Palácio de Despachos, o prefeito Elio Martins (PSC-Pirambu) visando explicar o cronograma para a obra de recuperação da ponte, que está interditada desde a sexta-feira passada. Explicou que já começou a montagem do canteiro de obras para o início imediato dos trabalhos e que hoje, às 8h, uma empresa contratada pela Sedurbs, a Geotec Consultoria e Serviços, fará uma visita ao local para novas avaliações.

As dificuldades

A preocupação do prefeito de Pirambu tem a ver com o prejuízo à população com a interdição da ponte, em razão do acesso ao município ser somente por Japaratuba. Entre os transtornos, o fato de mais de 100 alunos da Barra dos Coqueiros estudarem em Pirambu pela proximidade das suas residências ficarem a 200 metros do município; a dificuldade das marisqueiras, que diariamente comercializam produtos em Aracaju; e os prejuízos para os donos de bares e restaurantes. Sem falar no transporte de pacientes para hospitais de Aracaju via Japaratuba, que pode se agravar com o se u estado de saúde.

Veja essa

Viralizou nas redes sociais do país um vídeo que o ex-deputado federal flamenguista doente, João Fontes, gravou no dia 6 de janeiro deste ano, em Aracaju, ao lado do recém eleito presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, seu amigo há 30 anos. Isso porque João já declarava que seriam contratados o atacante Bruno Henrique e o meia Arrascaeta, e que o Mengão conquistaria o campeonato Carioca, o Brasileiro e a Libertadores. Ainda no vídeo Rodolfo disse que o time ia acabar com o "cherinho" e ganharia títulos. A profecia se concretizou e Fontes já está recebendo telefonemas dos amigos pedindo para ele dizer os números da mega sena.  

Curtas

Se não houver mais nenhum contratempo, será julgado hoje, pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os dois embargos declaratórios apresentados pela defesa do governador Belivaldo Chagas (PSD) e da vice Eliane Aquino (PT) pela decisão de cassação dos seus mandatos por abuso de poder político nas eleições 2018.

O prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) participou ontem, na Câmara dos Deputados, da sessão solene em comemoração ao aniversário de 30 anos da Frente Nacional dos Prefeitos. Edvaldo é o 1º vice-presidente da FNP.

O presidente da Câmara Municipal de Amparo do São Francisco, vereador Clélio Vieira, rompeu politicamente com o prefeito Franklin Freire. Quem também caminha para romper com o gestor é o vice  Adjalmir Silveira.

Para quem não sabe o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, é casado com uma sergipana e passa sempre alguns dias de férias em Sergipe. Ele, inclusive, foi presidente da Petrobras e da BR Distribuidora.

Fotolegenda

A filha do ex-deputado federal André Moura (PSC), a advogada Yandra Moura, vem participando de solenidades de entrega de obras realizadas em municípios do interior com destinação de recursos feita pelo pai quando parlamentar. No domingo, Yandra esteve em Estância, ao lado do prefeito Gilson Andrade (sem partido), participando da inauguração de 11 vias que foram pavimentadas e drenadas através de recursos na ordem de R$ 3,5 milhões destinados por André, que hoje está secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro. Ela será a sucessora política de André.

 

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