A baixa popularidade de Lula é a arma do fascismo
Publicado em 28 de fevereiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se
* Rômulo Rodrigues
Neste começo de bimestre de 2015 um fenômeno estranho ronda o cenário efervescente do mundo da notícia no Brasil, que querem que a opinião publicada seja imposta pelas bocas de meninas do aparato Globo.
As bancadas de telejornais povoadas por pistoleiros ideológicos, jamais assumem que o presidente Lula recebeu o país para um 3º mandato, nas piores condições já registradas neste século 21 e o está consertando.
Seis anos e meses antes, sua sucessora na presidência, sofreu um golpe de estado alimentado por uma metáfora e muitas mentiras e preconceitos, como está amplamente comprovado, no fracasso da tal ponte para o futuro.
O golpe foi contra um país que ocupava a 6ª posição entre as maiores economias do mundo; participara da criação do BRICS, tinha reservas cambiais de UU$ 388 bilhões; o PIB Per capta com o maior crescimento entre os países do G-7+1; o salário mínimo com 76% de ganhos reais; com o melhor desempenho no enfrentamento à crise do capitalismo de 2007/8, pagando toda a dívida externa feita pelos governos anteriores, mandou o FMI embora e ainda emprestou dinheiro, expandiu o ensino superior dobrando o número de estudantes em Universidades e Faculdades, dando acesso através de cotas aos excluídos que eram proibidos de serem doutores, por não serem brancos.
Lula comandou a revolução possível com políticas de inclusão pelos direitos e pela renda, tirou o país do mapa da fome da ONU além de alcançar o índice de pleno emprego e terminou o 2º mandato com índice de 87% de aprovação, elegendo a 1ª mulher presidenta da República, do seu partido, uma proeza de ganhar 4 eleições presidenciais consecutivas.
Além de todos esses feitos, ampliou os avanços da democracia propiciando autonomia aos diversos órgãos de fiscalização e controle, para atuarem tecnicamente e, mesmo assim, apesar da mais ampla liberdade de expressão e organização da sociedade civil, o Partido Midiático atentou e tenta contra o Estado de Direito destorcendo fatos e mentindo mil vezes, até fazer o povo acreditar que é verdade.
A bomba que acaba de explodir com as denúncias entregues pelo PGR ao STF fez com que recuassem um pouco nas manipulações e deixassem o 1º disparo sem alarde, atacando com o 2º, o das pesquisas, que ainda é a grande aposta para enfraquecer o presidente Lula, enquanto formatam um novo monstro.
Mesmo assim, estão nervosos porque o grande trunfo, os EUA, está entrando em pânico com o empobrecimento da população.
Atordoado, Donald Trump dá sinais de instabilidade oferecendo a cabeça da Ucrânia a Putin que pediu tempo para pensar.
Seguindo o aprenderam com Joseph Goellbbes ministro da propaganda de Hitler eles mentem e escondem fatos desde que seja para favorecer a extrema direita onde mais interessar. Um exemplo, o massacre que Netanyahu continua praticando na faixa de Gaza e eles noticiam como sendo os terroristas do Hamas que estão quebrando o acordo.
Como é sabido que numa guerra a primeira vítima é a verdade, a mídia patronal dá show no que é especialista. Por isso, silenciaram quando Lula foi aplaudido no mundo civilizado ao denunciar o novo genocídio em Gaza, jogando o problema no colo do conselho de segurança da ONU e sendo incisivo na cobrança ao Japão.
Quando Alexandre de Moraes liberou o depoimento de Mauro Cid e ficou claro que o financiamento dos acampamentos que resultaram no terrorismo de 8 de janeiro de 2023 foi patrocinado pelo agronegócio, silenciaram e omitiram os arroubos do presidente da CNA de que se negava a falar com o presidente Lula, mesmo diante de um quadro de beneficiamento à sua cadeia produtiva, como nunca visto.
Se cumprissem as funções da ética profissional questionavam o chefão do agro pela desonestidade e falta de educação refrescando sua memória sobre o plano safra de R$ 364,22 bilhões, abertura de 105 novos mercados em 50 países e a renegociação de dívidas de R$ 38 bilhões com agricultores do Rio Grande do Sul.
Sabem por que não noticiam as verdades? Porque os compromissos de todos eles com o capital internacional é que o Brasil volte a ser apenas um país agrícola; uma enorme fazenda com os mais diversos povos escravizados.
E o que está acontecendo é que há uma campanha sórdida para jogar a popularidade de Lula para baixo como arma mais poderosa para abrir caminho para esta gente fabricar um monstrengo pior que Bolsonaro, para catapulta-lo a ser executor o plano mais diabólico possível de fazer do Brasil o 27º estado dos EUA.
* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político