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A briga do PT


Publicado em 14 de agosto de 2013
Por Jornal Do Dia


Na atual conjuntura política e a quase um ano das eleições de 2014, o bom para qualquer partido político é a unidade, não só do seu bloco, mas principalmente da sua legenda. As eleições do próximo ano serão bem disputadas tanto a nível estadual quanto a nível nacional.

O pleito do ano que vem não será fácil, principalmente para quem se encontra no comando do governo. É que são muitas as dificuldades financeiras e desgastes políticos em função da queda no Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os gestores não atendem as expectativas da população.

Diante deste cenário, não é bom para o Partido dos Trabalhadores, que tem o Governo do Estado e almeja o Senado em 2014, ir para uma eleição interna para presidente da sigla nos próximos quatro anos rachado no seu campo majoritário. Sem falar que fica difícil cobrar unidade do bloco aliado se o PT não consegue fazer o dever de casa.

Sem um consenso, os deputados federais Rogério Carvalho e Márcio Macedo registraram anteontem chapa para concorrer ao Processo de Eleição Direta (PED), cuja eleição acontece nacionalmente em 10 de novembro. Os dois são da mesma tendência do governador Marcelo Déda e do ex-presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, a "Articulação Unidade na Luta".

É a primeira vez que não existe uma unidade da corrente política de Déda, em uma eleição interna do PT. Isso o preocupa, a ponto de mesmo de licença médica para tratamento de um câncer e em São Paulo, ter se manifestado um dia depois do prazo para inscrição das chapas sobre a falta desse consenso.
Ontem, pela rede social, o governador Déda afirmou: "Preocupa-me a disputa das prévias do PT em Sergipe. Radicalizações podem afetar a unidade necessária para hoje e para 2014".

Conhecedor do prazo de 10 dias permitido pelo PED para se discutir possíveis alianças e reformulações entre as chapas inscritas para o Diretório Estadual do PT, Déda postou: "Ainda acredito que no campo da antiga Articulação a melhor saída é um presidente de transição, capaz de garantir o diálogo: Sílvio Santos".
No mês passado, em dois momentos, o nome de Silvio Santos foi lançado como candidato a presidente do PT. Foi isso que chateou Rogério Carvalho, pois como presidente estadual do partido não foi informado sobre o ato de lançamento da candidatura. Diante disso, Rogério e seu grupo trabalharam a sua candidatura.

Em nome do consenso, Silvio retirou sua candidatura a presidência do PT. Só que isso não aconteceu porque Rogério manteve o seu nome na disputa e Márcio resolveu entrar no páreo, tendo Silvio como um dos membros da sua chapa.

Esse impasse realmente criará um racha dentro do PT, pois a militância que tem simpatia por Rogério Carvalho jamais votará em Márcio Macedo e vice-versa. Sem falar que dificilmente Márcio abrirá para Rogério, assim como Rogério não abrirá para Márcio. Os dois são como água e óleo.
A expectativa agora é se o apelo do governador Déda será acatado. Façam suas apostas…

Será?
Uma pessoa muito próxima ao governador Marcelo Déda (PT) acredita que se não houver um consenso dentro da sua tendência Articulação Unidade na Luta, com candidatura única para presidente do PT, Déda retirará o seu nome da chapa encabeçada pelo deputado federal Márcio Macedo. Não vai querer tomar partido.

E agora?
Para alguns petistas ficou dúbia a declaração de Déda: "Ainda acredito que no campo da antiga Articulação a melhor saída é um presidente de transição, capaz de garantir o diálogo: Sílvio Santos". Teve quem interpretasse que para Déda o secretário da Casa Civil, Silvio Santos, presidente licenciado do PT, deve voltar a presidir o partido durante o PED e quem entendesse que Déda acha que o nome de consenso para disputar a eleição é Sílvio.

Conceição
A deputada estadual Conceição Vieira (PT), que está na chapa de Márcio Macedo, não quis comentar ontem sobre as colocações de Marcelo Déda exatamente por ter um entendimento dúbio. "Vamos aguardar os encaminhamentos", afirmou.

João Daniel
O deputado estadual João Daniel (PT), que integra a chapa de Rogério Carvalho e encontra-se em Brasília, disse ontem que não analisou direito as declarações de Déda, "mas pensa que ele quer a unidade da corrente". Disse ainda: "Déda sempre uniu o campo majoritário".

O silêncio
Tanto Márcio Macedo quanto Rogério Carvalho evitou falar ontem sobre as declarações do governador Marcelo Déda. Márcio permaneceu fora da área e Rogério não atendeu aos telefonemas.

Na gaveta
Os oito projetos de lei do Poder Executivo que o governador em exercício Jackson Barreto (PMDB) entregou em mãos a presidente da Assembleia Legislativa, Angélica Guimarães (PSC), na quinta-feira passada, ainda não foram lidos em plenário. Na segunda-feira a presidente não compareceu à sessão e ontem chegou após a leitura do expediente. Será que vai começar tudo de novo?

Em Brasília 1
Na capital do país, Jackson Barreto teve uma agenda cheia ontem. Acompanhou a reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que aprovou operação de crédito junto ao Bird de U$ 150 milhões destinados ao fortalecimento de políticas sociais em Sergipe.  

Em Brasília 2
Ele também esteve com o ministro dos Transportes, César Borges, que assegurou a inclusão, entre as prioridades da União, de dois ramais ferroviários, que ligarão a nova ferrovia Salvador-Recife a Aracaju e ao Porto do Estado. E prometeu agilizar os licenciamentos necessários à duplicação da BR-101 e a implementação da BR-235 (por onde será possível escoar a produção frutífera de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) até o Porto de Sergipe).

Em Brasília 3
Com alguns parlamentares da bancada federal de Sergipe, Jackson Barreto esteve também com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Na pauta, reivindicar mais investimentos para Sergipe para a reforma e construção de rodovias estaduais, saneamento no interior, construção de postos e para a agricultura. Acompanharam JB, o senador Valadares (PSB) e os deputados federais Rogério Carvalho (PT), Valadares Filho (PSB) e Fábio Reis (PMDB).
Com os vereadores
Durou quatro horas a reunião do prefeito João Alves Filho (DEM) com os vereadores da base aliada, realizada anteontem no final da tarde. No encontro, que acabou por volta das 21h, o prefeito ouviu as queixas de cada um dos vereadores.

Queixas  
Como a coluna já noticiou ontem, as queixas giraram em torno do tratamento dispensado pelos secretários municipais. Foi unanimidade a reclamação de que os secretários, sequer, os recebem para conhecer seus pleitos em favor da população. Todos cobraram uma maior atenção dos secretários, principalmente da secretária da Saúde, Goretti Reis.
Ponto de vista
Para um vereador, como eles são da bancada aliada, é "obrigação" de um secretário receber os parlamentares aliados do prefeito e ouvir seus pleitos. "Se vai atender ou não é outra história", afirmou à coluna.

Compromisso
Depois de ouvir as queixas dos aliados, João Alves se comprometeu a conversar com os secretários e depois promover uma reunião dos auxiliares com os parlamentares. Ele garantiu que a palavra de ordem é "prestigiar os vereadores da bancada".

Agora sim
Diante da conversa do prefeito com a bancada aliada, os vereadores governistas se mantiveram em plenário e aprovaram ontem em terceira discussão e redação final os projetos do Executivo, dentre os quais os que tratam da reestruturação básica da Secretaria de Saúde e o que estabelece formas específicas de pagamento e regularização de débitos junto a Secretaria da Fazenda.  Nas duas últimas sessões, a própria bancada do prefeito, insatisfeita com a falta de atenção da administração municipal, retirou o quorum para evitar aprovação dos projetos.

Pela manhã
A pedido do vereador Ivaldo José, que é jornalista, as sessões plenárias na Câmara Municipal de Aracaju voltarão para o período da manhã para facilitar o trabalho da imprensa. Ele defendeu colocar em votação essa proposta e ontem à tarde os parlamentares votaram a favor. Hoje os parlamentares decidirão se a medida será adotada a partir da próxima semana ou somente em setembro.

Veja essa…
Da secretária municipal da Saúde, Goretti Reis, ontem no programa de Geroge Magalhães, sobre as críticas de vereadores da base aliada do prefeito João Alves a sua gestão: "Não atendo a pedidos indecentes de vereadores. Já coloquei meu cargo à disposição e o prefeito não aceitou".

… e essa …
Do deputado estadual Capitão Samuel (PSL) com relação aos vários buracos na capital sergipana: "Aracaju tem malha viária igual a tábua de pirulito. Borracheiros e mecânicos estão fazendo a festa. ##Rodando no macio##". Foi mais uma alfinetada no aliado João Alves Filho.

Curtas
Vários prefeitos da região Sul e Centro Sul do Estado participaram ontem, em Boquim, da 4ª Conferência Regional de Meio Ambiente – Resíduos Sólidos, coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. O evento contou com as presenças do secretário Genival Nunes e do representante do Ministério do Meio Ambiente, Geraldo Abreu.  

Na reunião ontem na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Marcelo Déda e Jackson Barreto foram homenageados pelos senadores. Eles se referiram a Déda como "grande homem", "grande lutador" e desejaram uma "plena e pronta recuperação".
O deputado federal Márcio Macedo participou ontem, em Brasília, do lançamento da candidatura de Rui Falcão para presidente nacional do PT. A exemplo de Márcio, Rui Falcão é do campo majoritário do partido.

O senador Eduardo Amorim (PSC) participou de audiência na presidência do Senado com representantes do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, que entregaram 1.896.592 assinaturas para garantir a tramitação do Projeto de Lei de iniciativa popular que garante o repasse integral efetivo de 10% da receita corrente bruta da União para o SUS.

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