Sábado, 11 De Janeiro De 2025
       
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A controvérsia da questão da fome no Brasil


Publicado em 17 de novembro de 2020
Por Jornal Do Dia


 

* Jussara Carvalho Batista Esteves 
A última pesquisa feito pelo IBGE, mostra que mais de 10 milhões de brasileiros passam fome no país, ou seja, vivem em situação de insegurança alimentar grave.Realizadaentre 2017-2018, a pesquisa apontou que em menos de cinco anos, o número de brasileiros com fome aumentou em 3 milhões de pessoas e 40,1% dessa população reside na zona rural, sendo a maior parte delas na Região Nordeste.Apesar da crise socioeconômica sem precedentes, causada pelo novo coronavírus, com mais de 161 mil mortes no país, o vírus não pode ser apontado como o principal responsável por esse cenário.
A controvérsia da questão da fome no Brasil, aparece no momento em que o país que é o terceiro maior produtor de alimento do mundo, perdendo apenas para China e EUA, com 240 milhões de toneladas, cresce no cenário mundial. Em 2019, o país exportou alimento para mais de 180 países, movimentando mais de 34,1 bilhões de dólares. Destaquesdessa produção sãoo suco de laranja, açúcar, carne bovina e aves, sendo importante frisar, que existe uma grande diferenciação do alimento que é exportado,para o que vai para a mesa dos brasileiros. De acordo com o último censo agropecuário 70% dos alimentos que são consumidos no país vem da agricultura familiar.Elessão produzidos em terras pequenas de 1 a 2 hectares, administradas por pessoas da mesma família, que costumam produzir para consumo próprio e vender o excedente.Essa controvérsia existe, justamente pela monopolização dos alimentos tornando-os mercadorias. Estes entram no mercado como oferta e demanda.
O agronegócio brasileiro é responsável por 60% da balança comercial brasileira.É de grande importância para economia brasileira.Porém, é péssimo para consumo local, principalmente para populações mais vulneráveis.Percebe-se que as políticas de fomento, voltadas para aagricultura familiar, estão cada vez mais se reduzindo e isso traz consequências alarmantes, para o aumento do número de pessoas passando fome. Programas como PAA -Programa de Aquisição de Alimentos – e o PRONAF – Programa de Apoio à Agricultura Familiar- vêm reduzindo seu orçamento drasticamente. Com a pandemia, o governo federal anunciou R$ 500 milhões para retomada do PAA, que compra alimento dos pequenos produtores e distribui para a população de baixa renda.
Além da redução do orçamento das políticas públicas, a variação da superinflação dos alimentos, principalmente o arroz, o feijão e o óleo, o aumento do número de desempregados de aproximadamente 14,4 milhões de brasileiros e aumento da população vulnerável, também são fatores essenciais para a diminuição do poder de compra dos brasileiros e consequentemente, o aumento da má nutrição da população.  Para as crianças,a subnutrição gera um futuro incerto.Ouseja, crianças subnutridas, geralmente perdem suas potencialidades mentais, intelectuais e físicas e estão debilitadas. Um infante em idade escolar, terá dificuldades para aprender.Quantoao físico, além da fragilidade do organismo, haverá um atraso no crescimento. Mentalmente, ela ficará conturbada, pois sofre preconceitos daqueles que conseguem ter um bom aprendizado e automaticamente, ela será alvo fácil dos manipuladores.
Nesse sentido, entendemos a necessidade urgente de se estabelecer uma renda básica essencial, para alavancar a economia local e que venha contemplar a população, sem desmontar os esquemas já existentes e o modelo de proteção social, além de repensar algumas medidas que são essenciais, no fortalecimento da agricultura familiar, que serão absolutamente necessárias para o processo de reconstrução e redução da problemática da fome no país.
 * Jussara Carvalho Batista Esteves, economista. M. Sc.  Desenvolvimento Regional pela  Universidade Federal de Sergipe (UFS).  Pós-graduação em Desenvolvimento Econômico Regional (UFS). Analista em Desenvolvimento Regional – Economista CODEVASF 4ªSR- Fundadora do PLANEJARSE -Planejando sua independência financeira @planejase77.

* Jussara Carvalho Batista Esteves 

A última pesquisa feito pelo IBGE, mostra que mais de 10 milhões de brasileiros passam fome no país, ou seja, vivem em situação de insegurança alimentar grave.Realizadaentre 2017-2018, a pesquisa apontou que em menos de cinco anos, o número de brasileiros com fome aumentou em 3 milhões de pessoas e 40,1% dessa população reside na zona rural, sendo a maior parte delas na Região Nordeste.Apesar da crise socioeconômica sem precedentes, causada pelo novo coronavírus, com mais de 161 mil mortes no país, o vírus não pode ser apontado como o principal responsável por esse cenário.
A controvérsia da questão da fome no Brasil, aparece no momento em que o país que é o terceiro maior produtor de alimento do mundo, perdendo apenas para China e EUA, com 240 milhões de toneladas, cresce no cenário mundial. Em 2019, o país exportou alimento para mais de 180 países, movimentando mais de 34,1 bilhões de dólares. Destaquesdessa produção sãoo suco de laranja, açúcar, carne bovina e aves, sendo importante frisar, que existe uma grande diferenciação do alimento que é exportado,para o que vai para a mesa dos brasileiros. De acordo com o último censo agropecuário 70% dos alimentos que são consumidos no país vem da agricultura familiar.Elessão produzidos em terras pequenas de 1 a 2 hectares, administradas por pessoas da mesma família, que costumam produzir para consumo próprio e vender o excedente.Essa controvérsia existe, justamente pela monopolização dos alimentos tornando-os mercadorias. Estes entram no mercado como oferta e demanda.
O agronegócio brasileiro é responsável por 60% da balança comercial brasileira.É de grande importância para economia brasileira.Porém, é péssimo para consumo local, principalmente para populações mais vulneráveis.Percebe-se que as políticas de fomento, voltadas para aagricultura familiar, estão cada vez mais se reduzindo e isso traz consequências alarmantes, para o aumento do número de pessoas passando fome. Programas como PAA -Programa de Aquisição de Alimentos – e o PRONAF – Programa de Apoio à Agricultura Familiar- vêm reduzindo seu orçamento drasticamente. Com a pandemia, o governo federal anunciou R$ 500 milhões para retomada do PAA, que compra alimento dos pequenos produtores e distribui para a população de baixa renda.
Além da redução do orçamento das políticas públicas, a variação da superinflação dos alimentos, principalmente o arroz, o feijão e o óleo, o aumento do número de desempregados de aproximadamente 14,4 milhões de brasileiros e aumento da população vulnerável, também são fatores essenciais para a diminuição do poder de compra dos brasileiros e consequentemente, o aumento da má nutrição da população.  Para as crianças,a subnutrição gera um futuro incerto.Ouseja, crianças subnutridas, geralmente perdem suas potencialidades mentais, intelectuais e físicas e estão debilitadas. Um infante em idade escolar, terá dificuldades para aprender.Quantoao físico, além da fragilidade do organismo, haverá um atraso no crescimento. Mentalmente, ela ficará conturbada, pois sofre preconceitos daqueles que conseguem ter um bom aprendizado e automaticamente, ela será alvo fácil dos manipuladores.
Nesse sentido, entendemos a necessidade urgente de se estabelecer uma renda básica essencial, para alavancar a economia local e que venha contemplar a população, sem desmontar os esquemas já existentes e o modelo de proteção social, além de repensar algumas medidas que são essenciais, no fortalecimento da agricultura familiar, que serão absolutamente necessárias para o processo de reconstrução e redução da problemática da fome no país.

 * Jussara Carvalho Batista Esteves, economista. M. Sc.  Desenvolvimento Regional pela  Universidade Federal de Sergipe (UFS).  Pós-graduação em Desenvolvimento Econômico Regional (UFS). Analista em Desenvolvimento Regional – Economista CODEVASF 4ªSR- Fundadora do PLANEJARSE -Planejando sua independência financeira @planejase77.

 

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